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Florianópolis, 8.11.2022 - Estudo do Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário indica que, no Brasil, a corrupção consome 8% de tudo o que é arrecadado no país, ou seja, entre R$ 150 e 200 bilhões por ano. “Com isso, o cidadão brasileiro trabalha 29 dias por ano para pagar a conta da corrupção”, afirmou o sócio da T4 Compliance, Matheus Cunha, durante o Compliance Day, evento que a FIESC promove nesta terça-feira, dia 8, para os colaboradores. Também ministraram palestra no encontro o executivo de compliance da BRF, Reynaldo Goto, e o filósofo Clóvis de Barros.
Nessa semana é comemorado mundialmente o dia do compliance e da ética. O presidente da FIESC, Mario Cezar de Aguiar, salientou que, desde 2018, a instituição tem implementado, de forma sólida e contínua, um programa de integridade. “O Sistema FIESC tem como imprescindível um programa que norteia os princípios e os atos de nossos colaboradores, clientes, fornecedores e demais públicos com os quais nos relacionamos. Portanto, todo dia é dia de compliance”, declarou.
Matheus Cunha salientou que a corrupção é um dos principais fatores que contribuem para que as políticas públicas não cheguem com efetividade à sociedade. Ele ressaltou que existe um sistema que se chama “de real para a realidade”, que permite converter valores em espécie em políticas públicas. ”Se fizéssemos um pacto de não pagar propina por um ano e esse recurso fosse destinado à execução de políticas públicas efetivas, com R$ 200 bilhões conseguiríamos construir 675 quilômetros de metrô e 40 mil casas populares'', exemplificou.
No encontro, Goto, da BRF, apresentou as linhas gerais do sistema de integridade da multinacional brasileira que exporta para mais de 140 países. “A BRF enumerou três compromissos fundamentais: integridade, segurança e qualidade”, declarou, observando que a segurança das pessoas, a qualidade dos serviços e a integridade dependem de um sistema bem trabalhado, mas, principalmente, da atitude de cada indivíduo. Os princípios do sistema de integridade da BRF são integrados por pilares como: estrutura global adequada ao nível de risco, políticas e procedimentos globais, treinamento, capacitação e comunicação, análise contínua de parceiros de negócios, controles digitais e monitoramentos ágeis, identificação e mitigação dos riscos de compliance, engajamento externo e compartilhamento de práticas.
Ao final do evento, o filósofo Clóvis de Barros ministrou uma palestra em que trouxe reflexões sobre a ética e a moral.