Joinville, 22.09.2015 – A telemedicina, modelo de atendimento a distância que auxilia o paciente em recuperação, deve crescer no Brasil nos próximos anos, reduzindo os custos com saúde e ampliando o atendimento nas áreas distantes dos grandes centros. O tema foi debatido durante fórum sobre saúde, no Encontro Econômico Brasil-Alemanha, nesta terça-feira (22), em Joinville.
O modelo, consolidado na Alemanha e em outros países, leva o especialista ao paciente, faz acompanhamento remoto da recuperação do paciente, reintegração dele após a recuperação, além de diagnósticos e terapias simples. Para o neurologista alemão Bodo Kress, o uso da telemedicina pode reduzir o número de pessoas internadas nos hospitais. Em muitos casos, as pessoas podem fazer a reabilitação em casa, mas, pelo fato de não ter o acompanhamento diário, acabam internadas. Nestes casos, o atendimento a distância é uma alternativa ao paciente, com custo mais baixo, e maior comodidade ao paciente.
Kress disse ainda que há um vácuo entre a reabilitação dos pacientes e sua reintegração à sociedade e ao trabalho. Como exemplo, ele citou as pessoas que precisam passar por amputação de algum membro ou àquelas que ficaram com sequelas quando sofreram acidente vascular cerebral (AVC). Nestas situações, a telemedicina pode fazer um trabalho de adaptação do paciente, da família e do ambiente de trabalho.
O representante do Ministério da Saúde, Eduardo Jorge Valadares, concordou que esse modelo deve crescer no Brasil, mas ainda há desafios no âmbito regulatório. Ele também falou do crescimento das despesas com saúde no Brasil, e do alto índice de judicialização.
Ainda durante o painel, foi debatida a mudança na forma de pagamento dos serviços de saúde. Com o crescimento dos custos em todo o País, há um movimento que defende o pagamento por resultado e não por procedimento.
Dâmi Cristina Radin
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