Florianópolis, 23.5.2022 - O Índice de Atividade Econômica (IBC) de Santa Catarina apresentou estabilidade no mês de fevereiro, com leve recuo de 0,1% na comparação com janeiro na série livre de efeitos sazonais. De acordo com análise do Observatório FIESC, no entanto, no acumulado dos últimos 12 meses, houve crescimento de 6,8%, resultado dois pontos percentuais acima da média brasileira e atrás somente do Espírito Santo e do Rio Grande do Sul. Na média, a economia catarinense vem sustentando um nível de atividade em patamar 3,5% acima do período pré-pandemia. Divulgado mensalmente, o IBC do Banco Central é considerado uma prévia do resultado do PIB.
“Santa Catarina vem mantendo um nível de atividade econômica superior à média brasileira, e a indústria catarinense tem uma contribuição importante neste resultado. Somos o estado com o menor nível de desemprego do país, e os setores da indústria e construção estão entre os que mais geram vagas formais de trabalho”, avalia o presidente da FIESC, Mario Cezar de Aguiar.
Conforme análise do Observatório FIESC, a indústria catarinense teve crescimento de 2,6% na produção em fevereiro na comparação com janeiro, sustentada, em grande parte, pelos setores altamente intensivos em tecnologia como o de máquinas e equipamentos e materiais elétricos.
O economista do Observatório FIESC Thiago Rodrigues, destaca que apesar da inflação em níveis elevados no país e as incertezas no cenário global por conta dos casos de Covid-19 na China e do conflito entre Rússia e Ucrânia, a manutenção do elevado nível de emprego em Santa Catarina tem contribuído para o crescimento mais equilibrado entre os setores.
O comércio catarinense também teve bom desempenho no período, com a geração de mais de 1.300 novas vagas formais em fevereiro. No mês, registrou expansão de 1,8% no volume de vendas. Os destaques foram as vendas de bens de consumo semiduráveis e duráveis, como produtos de vestuário, calçados, móveis e eletrodomésticos.
Já o setor de serviços registrou o maior recuo do estado no mês de fevereiro, com queda de 2,5% ante janeiro. As maiores quedas foram nas atividades Profissionais, administrativos e complementares, serviços terceirizados destinados às empresas, desde limpeza até os serviços de engenharia e publicidade. Na média nacional, os serviços registraram recuo de 0,2% no mesmo período, onde a maior retração ocorreu nas atividades de transporte aéreo e telecomunicações.