O transporte de cargas e pessoas consome um terço de toda energia gasta no Brasil e 80% desse consumo têm origem não renovável, notadamente os combustíveis fósseis, que estão entre os maiores emissores de CO2. De 2000 a 2016, enquanto nações da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) elevaram em 8% o consumo de energia no transporte, países como o Brasil viam esse crescimento chegar a 180%. Mais veículos nas ruas e menos pessoas nos veículos levaram o país a triplicar o consumo energético por passageiro. Números como esses confirmam as pesquisas que atribuem ao setor de transporte o maior potencial de redução da demanda de energia, a partir da mais variada gama de iniciativas, que incluem o ganho de eficiência, o estímulo ao transporte coletivo, às caminhadas, ao uso bicicletas e à diversificação de modais de transporte de cargas.
Para ajudar a indústria a superar este desafio, a FIESC está implantando em Jaraguá do Sul o Instituto da Indústria Eggon João da Silva. Entregue nesta quarta-feira (28), ele está focado em eletromobilidade e energias renováveis, além da área eletroeletrônica, na qual já atua o Instituto SENAI de Tecnologia. O empreendimento buscará inovação e desenvolvimento tecnológico, com soluções que melhorem a performance energética de produtos em geral e meios de transporte em particular.
É emblemática a parceria que surge neste instituto com a WEG, uma multinacional brasileira, nascida em Jaraguá do Sul. Movida por energia, tecnologia, desafios e oportunidades, a empresa é reconhecida como uma das mais inovadoras do país e oferece à indústria equipamentos que primam pela eficiência energética e produtividade.
O nome do novo instituto é o reconhecimento da FIESC a um dos fundadores desta grande empresa, ao lado de Werner Voigt e de Geraldo Werninghaus. Com a crença de que homens motivados por ideias são a base do êxito, Eggon João da Silva semeou empreendedorismo, inovação e comprometimento, que seguem frutificando até hoje. Assim, com este gesto, além de promover a justa e necessária valorização deste ícone da indústria catarinense, a FIESC espera que o novo instituto ajude a multiplicar o importante legado deixado por ele.