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Florianópolis, 22.5.2017 – O diretor-presidente da Arteris, David Díaz Almazán, afirmou que a empresa tem capacidade financeira e disposição para fazer investimentos nas concessões rodoviárias que têm em Santa Catarina, especialmente na BR-101 Norte, mas salientou a importância da participação do Tribunal de Contas da União (TCU) para debater obras não previstas no contrato de concessão. “Além das obras contratuais, também estamos cientes da necessidade de poder adicionar novas obras. Vários trechos, sabemos, têm um nível de congestionamento elevado. O grupo tem capacidade financeira e pode investir. Se os projetos forem interessantes vamos continuar investindo e temos uma equipe preparada, mas para isso precisamos do apoio de todos e a colaboração da ANTT e do Ministério dos Transportes. Mas é importante também trazer para a discussão o TCU”, afirmou. Ele participou de reunião do Grupo Paritário do Lote 7 (GPT) da BR-101, realizada na Federação das Indústrias de Santa Catarina (FIESC), nesta segunda-feira (22), em Florianópolis, com a participação de autoridades municipais, estaduais e federais.
O Lote 7, administrado pela Arteris, tem 407,8 quilômetros de extensão e abrange a BR-101 (SC), Contorno de Florianópolis, BR-376 (PR) e o contorno Leste de Curitiba (BR-116). O engenheiro e consultor Newton Gava apresentou as propostas de investimentos para a rodovia definidas no âmbito do GPT. As sugestões de novas obras e melhorias totalizam R$ 3,17 bilhões e 130 intervenções, sendo que cerca de 80% do valor (R$ 2,6 bilhões) são para obras no trecho catarinense da rodovia. Segundo o especialista, 70% da extensão do lote 7 está em Santa Catarina. O valor global se refere à realização de obras, mas não contempla possíveis desapropriações e a posterior manutenção das obras. “Precisamos de um aditivo de contrato que de alguma forma possa ser catalisado pela ação do Fórum Parlamentar. Os recursos para essas obras podem ser através da transferência dos investimentos para o valor da tarifa, por aporte de recursos do próprio governo ou com obras executadas pelo DNIT”, disse. Contudo, alertou para a falta de orçamento do governo federal. “A transferência para a tarifa seria o caminho mais próximo”, disse. Clique aqui e veja a lista de obras.
O presidente da Câmara de Assuntos de Transporte e Logística da FIESC, Mario Cezar de Aguiar, disse que a BR-101 Norte é um eixo litorâneo estratégico para o desenvolvimento socioeconômico de Santa Catarina e lembrou que há segmentos da rodovia que apresentam índices de destaque no ranking das rodovias com maior número de acidentes e de congestionamentos no País. “A FIESC, preocupada com a competitividade, coloca a infraestrutura como um dos pilares de atenção da indústria e dos governos. As melhorias previstas no contrato de concessão praticamente foram implementadas. Sabemos que sem novas obras, a rodovia não terá condições para suportar o crescente tráfego na região”, afirmou.
Os Grupos Paritários de Trabalho foram instituídos no âmbito das concessões rodoviárias administradas pela ANTT. Além da FIESC, entre as entidades que integram o GPT da BR-101 estão a AURESC, COMDES, Fetrancesc, Fetranspar, CREA-SC, CREA-PR, Sindicam-SC, Sindi Combustíveis-PR, Amunesc, AMFRI, Plamus, Sindipetro, Sincombustíveis-SC, Autopista Litoral Sul/Arteris, ANTT e PRF. O coordenador regional da ANTT, Gilmar Cardoso, lembrou que “as entidades que integram o Grupo de Trabalho atuam de forma voluntária em busca de um transporte melhor para a sociedade e o País. Desde o início, sistematizamos as sugestões e as demandas”.
Entre os parlamentares presentes à reunião estiveram os deputados federais João Paulo Kleinübing, coordenador do Fórum Parlamentar Catarinense, Mauro Mariani, Valdir Colatto e Esperidião Amin, o deputado estadual João Amin, além do senador Dalirio Beber.