Brasília, 21.06.2023 - Lideranças industriais da região Sul reuniram-se com o presidente da República em exercício, Geraldo Alckmin, e com o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, e defenderam a realização da reforma tributária, a neoindustrialização do país e também debateram temas como gasto público, custo logístico e política industrial. Os encontros foram realizados nesta quarta-feira, dia 21, em Brasília, e contaram com a participação dos presidentes das Federações de Indústria de Santa Catarina (FIESC), Mario Cezar de Aguiar; do Paraná (FIEP), Carlos Valter Martins Pedro, e do Rio Grande do Sul (FIERGS), Gilberto Petry, além de representantes de algumas das mais importantes indústrias dos três estados.
No encontro com Alckmin, as federações industriais destacaram a importância e urgência da reforma tributária, além da relevância da indústria para o crescimento e o desenvolvimento do país. A comitiva mostrou que a região Sul tem grande potencial e registra o segundo maior PIB regional do Brasil (R$ 1,3 trilhão). O setor industrial responde por 25,3% do total do PIB da região, registra a segunda maior arrecadação federal regional (R$ 311,1 blihões), a menor taxa de desemprego regional (5%) e a segunda maior movimentação portuária do país.
“Conversamos muito sobre a reforma tributária, trouxemos as nossas preocupações e sugestões de melhorias. Certamente que o setor produtivo quer uma reforma tributária urgente, mas que não venha com elevação de carga tributária. Esse é o grande tema que defendemos. Precisamos da reforma porque ela dará competitividade para o Brasil, mas não poderá, em hipótese alguma, ter aumento de carga”, afirmou o presidente da FIESC.
“Alckmin demonstrou confiança na aprovação da reforma tributária, que é uma esperança da indústria como um todo. Fizemos um ato de apoio da região Sul do Brasil ao projeto e o ministro colocou uma confiança de que o caminho está sendo trilhado”, disse o presidente da FIEP. “Foi uma reunião muito boa. Manifestamos a nossa preocupação com o desempenho da atividade econômica", acrescentou Petry, da FIERGS.
Alckmin ouviu as demandas, disse estar otimista que a reforma tributária vai ser aprovada pela Câmara em julho ou, no máximo, em agosto, e defendeu o modelo do Imposto sobre Valor Agregado (IVA). “Temos que melhorar a competitividade do país. A carga tributária do Brasil é muito alta. Precisamos salvar a indústria e fazer ela crescer”, declarou.
No encontro com Lira, além de defender a reforma tributária, os empresários ressaltaram ainda a necessidade da harmonia e da independência entre os poderes e a importância da livre iniciativa. Mario Aguiar alertou que a reforma tributária é uma demanda importante para toda a sociedade brasileira. Ele pontuou que é importante que o texto seja objetivo e claro e que não venha com obrigações acessórias. Lira, por sua vez, disse que a aprovação da reforma é fundamental e que se empenhará para aprovar a matéria na semana de 3 a 7 de julho. Afirmou, ainda, que o texto será bom para o segmento industrial.
Além de Aguiar, por Santa Catarina participaram: Felipe Hansen (Grupo Tigre, Carlos Schneider (Grupo H. Carlos Schneider), Daniel Godinho (Weg), Rui Altenburg (Altenburg), José Spricigo (Librelato), Neivor Canton (AuroraCoop) e Vilson Hermes (Grupo Dass).
Pelo Paraná participaram, além de Carlos Valter Martins Pedro, Sérgio Wuaden (Roca Brasil Cerâmicas), Alexandre Parker Machado (Grupo Volvo), Marcus Vinícius Aguiar (Renault), Renato Farias (Bosch), Ricardo Guimarães (Electrolux) e Conrado Fukuda Gomes (Thyssenkrupp).
Pelo Rio Grande do Sul, além de Gilberto Petry, participaram Mauro Bellini (Marcopolo), Daniel Randon (Grupo Randon), Mauricio Harger (CMPC), José Agnelo Seger (Grupo Herval e iPlace), Erasmo Battistela (setor de biocombustíveis), Claudio Bier ( Masal), além do ex-ministro Francisco Turra.
Comitiva integrada por FIESC, FIERGS e FIEP reuniu-se, em Brasília, com o presidente da República em exercício e o com o presidente da Câmara dos Deputados, nesta quarta, dia 21. As lideranças industriais também defenderam a independência entre os Poderes e a importância econômica dos estados do Sul