Florianópolis, 1.10.2015 – O Conselho das Federações Empresariais de Santa Catarina (COFEM) lançou manifesto pelo futuro, iniciativa que rejeita qualquer tentativa de apropriação dos recursos repassados pelo setor privado ao Sistema S, conforme proposto pelo governo federal em anúncio recente.
Por meio do COFEM, que é integrado pelas federações da indústria (FIESC), do comércio (FECOMÉRCIO); da agricultura (FAESC); das associações comerciais e industriais (FACISC); das associações de micro e pequenas empresas (FAMPESC); das câmaras de dirigentes lojistas (FCDL/SC); e das empresas de transportes de cargas (FETRANCESC), o setor produtivo lançou a Marcha pelo Futuro, com o mote “Se tira do Sistema S, tira muito mais do trabalhador”. No site marchapelofuturo.com.br as pessoas poderão engajar-se, inclusive, por meio de suas contas no Facebook, para entrar em uma passeata virtual pela manutenção dos serviços prestados pelas entidades.
O Sistema S é composto por instituições como SESI, SENAI, SESC, SENAC, SENAR, SEST e SENAT, que são mantidas pela contribuição do setor privado para prestar serviços em áreas como educação e saúde do trabalhador.
Em Santa Catarina, o SESI e o SENAI possuem 335 unidades. Em 2014, o SESI realizou 150 mil matrículas em serviços educacionais, oferecendo 180 locais de atendimento a jovens e adultos. Mais de 3,2 milhões de atendimentos em saúde e 800 mil atendimentos em segurança e saúde foram realizados, beneficiando 289 mil trabalhadores. O SENAI, grande vencedor do Mundial de Profissões, oferece a melhor educação profissional do mundo. No ano passado, realizou 190 mil matrículas, dedicando 66% delas à gratuidade.
No documento, as entidades observam que a diminuição dos recursos repassados impactará em mais de 1,5 milhão de trabalhadores diretamente beneficiados com os serviços oferecidos pelas entidades.
O COFEM também é contra toda iniciativa que resulte em aumento da carga tributária. O nível atual já compromete a competitividade do País, onerando toda a sociedade brasileira. “Ao invés de avançar sobre os recursos do Sistema S ou criar impostos, é necessário executar reformas estruturais, como a da previdência, a tributária e a trabalhista. Isso, sim, vai criar um ambiente favorável à retomada do crescimento e, por consequência, da arrecadação”, defende o manifesto.
Assessoria de Imprensa
Federação das Indústrias de Santa Catarina