Florianópolis, 07.08.25 - Nesta quinta, dia 7, o ENACOOP mostrou os impactos do Programa MOVER na região Sul, e contou com a participação das empresas Rudolph, Supplier e Zen, além da Finep.
Nos últimos dois anos, a Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP) aportou R$ 2,5 bilhões em projetos do setor automotivo. A região sul responde por 55% dos projetos aprovados pela FINEP, explicou Renata Guinther, gerente do departamento de mobilidade, infraestrutura e metalmecânica da Financiadora.
Um dos projetos é da Rudolph, de Timbó, que produz componentes para companhias como GM, Mercedes, Renault e Scania. A partir de um projeto apoiado pela FINEP, dentro do Rota 2030 (que antecedeu o MOVER), foi possível digitalizar a planta fabril, o que permite a empresa a ter dados em tempo real de produtividade e status das máquinas e equipamentos.
Álvaro Canto Michelotti, da Zen S.A, de Brusque, destacou que o foco é buscar o uso de recursos não-reembolsáveis para executar projetos. Ele apresentou dois projetos da empresa que estão no âmbito do MOVER: um busca a eficiência energética de motores a combustão e o outro foca a redução de emissões atmosféricas em veículos que possuem o sistema Start Stop (que desliga automaticamente o motor quando o veículo está parado).

Ainda no encontro, Diego Costa, do Sindipeças, que representa os fabricantes de autopeças e tem mais de 500 empresas associadas, destacou os principais desafios do setor. Entre eles, estão:
▪️ Capital para desenvolvimento e produção de novas tecnologias;
▪️ Entrada de fornecedores internacionais especializados com escala e tecnologia já desenvolvidas;
▪️ Gap de conhecimento em tecnologias emergentes;
▪️ Falta de profissionais especializados.
O painel que encerrou o ENACOOP mostrou como é a governança do Fundo Nacional de Desenvolvimento Industrial e Tecnológico (FNDIT), gerido pelo BNDES. O fundo foi criado pela lei que instituiu o MOVER e vai captar recursos oriundos de políticas industriais para serem aplicados em projetos focados na descarbonização e transição energética. O FNDIT deve ter até 1 bilhão por ano para a inovação da cadeia automotiva.
Representantes de empresas do setor automotivo, startups, associações, coordenadoras dos programas prioritários do MOVER e pesquisadores da rede SENAI participaram ainda de um workshop ao final. A iniciativa dos Institutos SENAI de Inovação teve como objetivo qualificar e priorizar oportunidades de pesquisa para projetos estruturantes voltados à cadeia automotiva.
Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina - FIESC
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