Combustível de biomassa tem custo competitivo e alto poder calorífico, contribuindo para a redução de despesas e para a descarbonização

Florianópolis, 27.05.25 - O uso de combustível de biomassa de madeira - pellets - pode ser uma alternativa viável para indústrias com consumo intensivo de energia. Além dos benefícios ambientais - já que a madeira plantada captura gases do efeito estufa -, o custo de geração por Kw/h também se mostra competitivo em relação a outros combustíveis, como cavaco e carvão, por exemplo.

O especialista em energias renováveis Natan Bittencourt explica que o alto poder calorífico, a baixa produção de resíduos e a logística acessível - em relação ao gás natural, por exemplo -, fazem dos pellets de madeira soluções economicamente viáveis para indústrias preocupadas com políticas ESG e também com o custo.

No setor cerâmico catarinense, várias indústrias já usam o combustível verde na sua produção. Carlos Alberto Martins, gerente comercial da Icon - fabricante de equipamentos para geração de energia para o setor industrial - explica que a migração do carvão para o pellet exige poucos ajustes nos equipamentos, o que contribui para a redução do custo de energia.

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Gasperini
SC é o maior exportador brasileiro de pellets de madeira, segundo Abimci. (Foto: Filipe Scotti)

O coordenador do comitê de pellets da Associação Brasileira da Indústria de Madeira Processada Mecanicamente (Abimci), Ademir Antonio Gasperini, explica que o Brasil exporta a maior parte de sua produção. Em 2024, de acordo com ele, o país produziu cerca de 690 mil toneladas em empresas formais. O consumo interno foi de 198 mil toneladas do produto e 492,7 mil toneladas foram exportadas.

Santa Catarina é o maior exportador do Brasil, com 35,5% do volume vendido ao exterior. A Itália é o principal destino dos pellets brasileiros, arrematando 61% das exportações, seguida pela Dinamarca, com 20%, e do Reino Unido, com 10%. No exterior, os pellets vão majoritariamente para o consumo doméstico, alimentando sistemas de calefação. “O Brasil tem capacidade para produzir 1 milhão de toneladas de pellets de madeira por ano, e podemos atender a indústria como uma alternativa de energia limpa e renovável”, explica Gasperini.

 Conheça mais sobre o setor na matéria Energia granulada e concentrada, publicada na Revista Indústria e Competitividade 35.
 

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Daniel Salvaro
Pellets são opção para indústrias rumo à descarbonização, diz Daniel Salvaro (Foto: Ivo Burghardt)

O CEO da Salvaro Industrial, Danilo Salvaro, concorda que o Brasil pode consumir mais pellets à medida que a indústria conheça o potencial do produto como combustível verde alternativo. Com a agenda ESG ganhando mais força entre as indústrias, salienta, a expectativa é de que mais cadeias produtivas adotem o combustível de biomassa como estratégia de descarbonização.

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Manfredo e Odelir
Presidentes das Câmaras de Energia e Florestal da FIESC abrem debate sobre mercado de pellets. (foto: Elisabete Francio)

O presidente da Câmara de Energia da FIESC, Manfredo Gouvêa, destacou a disponibilidade dos Institutos SENAI para contribuir para o desenvolvimento da cadeia. Odelir Battistella, presidente da Câmara Florestal, salientou o protagonismo da indústria de SC. Os especialistas participaram nesta terça-feira, 27, de reunião conjunta das Câmaras de Assuntos de Energia e da Indústria Florestal, que ocorreu na Federação das Indústrias de SC (FIESC).  

 

Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina - FIESC
Gerência de Comunicação Institucional e Relações Públicas

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