Florianópolis, 24.7.2018 – Gabriel Panca Ribeiro sempre gostou de jogos online. Quando está em casa, é seu principal hobbie. Ele só não imaginava que a brincadeira fosse virar coisa séria: no dia 18 de agosto, o jovem, de 20 anos, vai participar da WorldSkills, a maior competição de profissões técnicas do mundo.
Do gosto por jogos de estratégia, como Dota e Counter Strike, o jovem de Blumenau, começou a estudar Informática no SENAI da cidade. “Dois cursos me chamaram atenção: automação e informática. Mas percebi que o que mais me atraía em automação era justamente a parte de programação, então escolhi cursar informática”, conta o catarinense.
Foram dois anos de curso, junto com o ensino médio. Ao fim das aulas, ele foi convidado pelo professor a competir na Olimpíada do Conhecimento – etapa estadual – e teria de disputar com outros dois colegas a vaga para representar Blumenau na competição.
“Era um treino bem focado e repetitivo, a gente fazia sempre a mesma prova, até executar muito bem as tarefas”, diz. Ao garantir a vaga e ir para a disputa nacional, as coisas mudaram. “Tive de aprender uma linguagem de programação nova, é como se eu tivesse sempre estudado inglês e, de repente, tive de aprender espanhol. Tive de aprender de tudo, eu tinha que estar preparado para qualquer prova”, relata.
FUTURO - O esforço foi recompensado. Gabriel superou os concorrentes e será o representante brasileiro na modalidade Soluções de Software para Negócios no mundial de educação profissional em Kazan, na Rússia. Segundo ele, a decisão de entrar no SENAI foi influência do pai. “Hoje ele é engenheiro civil, mas fez curso técnico quando mais novo. Por isso ele quis me colocar no SENAI, pela experiência positiva que teve”, reforça.
O pai também deu todo o apoio quando Gabriel precisou trancar a faculdade de Ciências da Computação no 3º semestre da Universidade Regional de Blumenau (FURB) para se dedicar aos treinos de olho no mundial. São até dez horas por dia de treinos em Brasília e encontros com a família e amigos uma semana sim, outra não. Depois de tudo isso, Gabriel já faz planos para o futuro. “Quero morar no Canadá, que tem um bom mercado na área de programação. Também quero me aprofundar melhor em inteligência artificial, que acho muito interessante”.
Entre as táticas para o mundial, ele revela que o segredo é se manter atualizado. “Tenho que saber as tendências do mercado, mas uma coisa que sempre cai nas provas é o gerenciamento de pessoas ou de produtos. A partir dessa lógica, é preciso desenvolver uma programação de gestão para diferentes projetos”, diz.
Os competidores seguem nos centros do SENAI em treinamento intensivo até a véspera da viagem para o mundial na Rússia, prevista para 18 de agosto. Além de Gabriel Ribeiro, integram a delegação brasileira os catarinenses Allan Scholze (São Bento do Sul), Eduardo Hermann, Gabriele Raiser (ambos de Blumenau), Gabriel Hoffmann (Palhoça), Raissa Marcon e Jean Carlos Novak (Florianópolis). Duas estudantes do SENAC também integrarão a delegação: Isadora Berti Guedes Pereira (Tubarão) competirá em Estética e Bem-estar e Jéssica Cristina de Campos (Rio do Sul), em floricultura.
SOBRE A WORLDSKILLS - O mundial de profissões técnicas é realizado a cada dois anos e reúne jovens de todo o mundo. Cada ocupação tem provas específicas, que são distribuídas em quatro dias. Os competidores precisam demonstrar habilidades individuais e coletivas para responder aos desafios de suas ocupações dentro de padrões internacionais de qualidade.
A participação na WorldSkills possibilita uma grande troca de experiências e qualificação para os competidores, beneficiando o ensino do SENAI e toda a indústria brasileira.
Com informações da Agência CNI de Notícias
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