Florianópolis, 18.05.2015 – Empresários e lideranças industriais discutiram nesta segunda-feira (18) os desafios mundiais com relação à saúde e produtividade dos trabalhadores. O painel de debates, promovido no evento Global Healthy Workplace Awards and Summit, contou com a presença dos especialistas Stephen Bevan, do Reino Unido; Sim Beng Khoon, de Singapura; e Richard Kasesela, da Tanzânia.
Stephen Bevan, diretor do Centro para a Efetividade da Força de Trabalho na Fundação do Trabalho, no Reino Unido, relatou que, na União Europeia, 100 milhões de pessoas sofrem de doenças crônicas relacionadas aos tendões, músculos e estruturas ósseas. “Os movimentos repetitivos que evoluem para uma doença crônica podem trazer sequelas permanentes se não forem tratados de forma adequada”, enfatizou Bevan, que apontou o rodízio de funções entre os trabalhadores de uma empresa como uma forma de se prevenir a doença.
Richard Kasesela, presidente da Coalisão Comercial HIV Aids da Tanzânia, apresentou os principais desafios do continente africano com relação ao enfrentamento dessas doenças infecciosas. “O estigma é muito comum em todos os países africanos e os medicamentos e programas de prevenções são muito caros. Além disso, no ambiente de trabalho, precisamos que os líderes se envolvam no assunto”, afirmou. Para Kasesela, o setor privado deve ser encorajado a combater a Aids e o HIV, já que a doença afeta diretamente na produtividade. “Os infectados têm sua produtividade reduzida devido às condições de saúde. E os familiares dos infectados também são prejudicados, já que precisam cuidar dos doentes”, explicou Kasaela.
Em Singapura, as ações em promoção da saúde objetivam alcançar 3,7 milhões de trabalhadores. De acordo com Sim Beng Khoon, líder da Diretoria de Promoção da Saúde, do Ministério da Saúde de Singapura, a população no seu país está envelhecendo. “Atualmente, seis jovens trabalhando sustentam uma pessoa aposentada. Em 2030, dois jovens sustentarão um aposentado. Por isso, precisamos auxiliar os trabalhadores mais velhos a se manterem saudáveis e, assim, trabalhando por mais tempo. A legislação também deve ser alterada e a idade de aposentadoria estendida. Além disso, os empresários precisam ser incentivados a contratarem pessoas mais velhas no seu quadro de colaboradores”, relatou Khoon.
Global Healthy Workplace - Esta é a terceira edição do evento, que já foi realizado na Inglaterra e na China. Além dos debates com conferencistas internacionais e participantes oriundos de 50 países, o Global Healthy conta com a premiação de iniciativas empresariais que melhor promovem a qualidade de vida do trabalhador em âmbito internacional. As finalistas, nas três categorias, são a Chevron (EUA), GlaxoSmithKline (Inglaterra), Unilever-Brasil, Universidade Vanderbilt (EUA), Lan Spar Bank (Dinamarca) e Naya Jeevan (Paquistão).
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