Reforma trabalhista já prevê jornadas alternativas, argumenta a Federação

Florianópolis, 03.09.25 - A Federação das Indústrias (FIESC) acompanha com atenção os debates em curso no Congresso Nacional referentes à redução da jornada de trabalho e à licença-paternidade, por se tratarem de temas de grande impacto para o setor produtivo e para o mercado de trabalho brasileiro. Na última terça-feira, dia 2, a Federação encaminhou correspondência a todos os deputados e senadores eleitos por Santa Catarina sobre os dois temas.

No documento, a FIESC argumenta que, “no que se refere à redução da jornada, é importante ressaltar que a Reforma Trabalhista, aprovada em 2017, já trouxe grandes avanços.” A legislação atual já permite a flexibilização da jornada, possibilitando aos empregadores e empregados ajustar contratos de trabalho de acordo com as necessidades e realidades específicas.

O presidente da FIESC, Gilberto Seleme, destaca  que eventuais alterações são desnecessárias e podem trazer insegurança jurídica ao ambiente produtivo. “Não podemos tratar a redução de jornada de forma generalizada. Cada setor produtivo tem sua peculiaridade e deixar de considerar essas características pode trazer consequências graves não só para a indústria, mas para o comércio e os serviços também, já que a atividade industrial tem efeito multiplicador na economia”, explica.

Licença-paternidade

O documento da FIESC também aborda uma decisão do STF, que obrigou o Congresso Nacional a regulamentar a licença-paternidade. A Federação argumenta que ampliar o prazo, dos atuais 5 dias, para um período maior poderá representar aumento elevado de custo para as empresas. As indústrias seriam especialmente afetadas, já que enfrentam condições de competitividade desiguais em relação a outros países, em função da elevada carga tributária, infraestrutura precária e burocracia. “Vamos trabalhar para minimizar os impactos para o setor produtivo, para que o custo desse afastamento fique a cargo do INSS. Mas mesmo nestas condições, se houver ampliação do prazo haverá necessidade de contratar um trabalhador temporário, elevando custos das empresas”, avalia Seleme.

No documento enviado à bancada catarinense, a FIESC apela para que o tema seja conduzido com bom senso, de forma a não onerar ainda mais as empresas e preservar o equilíbrio necessário entre os direitos dos trabalhadores e a sustentabilidade do setor produtivo.

Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina - FIESC
Gerência de Comunicação Institucional e Relações Públicas

Quer acesso a mais conteúdos como esse? Assine a newsletter Indústria News e receba direto no seu e-mail, no WhatsApp, ou no LinkedIn. 

Notícias relacionadas

Indústria News

Inscreva-se e receba diariamente as atualizações da indústria de Santa Catarina.
Confira edições anteriores.

Receber por e-mail

* indicates required

De acordo com a Lei Geral de Proteção de Dados nº 13.709/18, o titular do dado manifesta a concordância no tratamento dos dados pessoais fornecidos para o recebimento de boletins informativos e a FIESC compromete-se em cumprir suas obrigações referentes ao tratamento dos dados.

Acesse nossa política de privacidade para saber mais.

Receber no WhatsApp

Receber no LinkedIn