Jaraguá do Sul, 30.6.2023 – Representantes da indústria, de instituições de ensino e pesquisa, e do poder público, reforçaram, durante o segundo dia de programação do 1º Congresso Nacional de Mobilidade Elétrica e Cidades Inteligentes (Mobicit), que o cumprimento da agenda climática global depende cada vez mais do comprometimento de toda a sociedade. Organizado pelo SENAI, por meio do Centro Universitário e do Instituto de Tecnologia em Mobilidade Elétrica e Energias Renováveis, o congresso reúne convidados que abordam questões como o uso de energias renováveis para a descarbonização, eletrificação nos transportes e a digitalização em processos fabris e serviços, e seus impactos para a melhor qualidade de vida.
Desde a quarta-feira, o congresso concentra uma agenda de palestras, apresentação de projetos de empresas e na gestão de políticas públicas, e trabalhos acadêmicos. O 1º Mobicit tem o apoio do Governo do Estado, por meio da Fapesc, WEG, Prefeitura de Jaraguá do Sul, SENAI, IEL, Novale Hub, Intensifica Treinamentos, 4K Solid, Movtech, Chama o Marketing e Du Meio.
Falando sobre a contribuição da indústria, o diretor de Sustentabilidade e Relações Institucionais da WEG, Daniel Marteleto Godinho, traçou um panorama sobre a situação global quanto aos efeitos da emissão de carbono e seus reflexos ao redor do mundo. "Se não for controlado, como é consenso na comunidade científica internacional e compromisso dos países com a agenda climática, podemos ter efeitos catastróficos no planeta", assinala Godinho.
Segundo ele, o Brasil tem plenas condições de assumir papel de protagonismo para a meta de redução do efeito estufa, que pode resultar um aquecimento expressivo na temperatura. Lembrou que a matriz elétrica do Brasil é formada por mais de 80% de energias renováveis, mas salienta que é preciso intensificar iniciativas que já vêm sendo colocadas em prática. "Não existe uma solução definitiva, mas um conjunto de medidas que envolve tecnologias e, no campo da energia, são representadas pela eficiência energética, energias renováveis e eletrificação dos transportes". Nestas frentes, o executivo descreveu como a WEG vem se posicionando, seja desenvolvendo soluções aplicadas à indústria, destinadas a vários segmentos, mas também na redução de emissões nas 52 fábricas em 12 países.
Adriano de Andrade Bresolin, professor do Departamento de Eletrotécnica do IFSC - Instituto Federal de Santa Catarina, falou sobre projetos que a instituição vem realizando na conversão de veículos a partir de 2019, também com o objetivo de maior eficiência no modelo elétrico e redução de custos. Os resultados, segundo ele, mostram que é possível montar motores com tecnologia nacional e mais acessíveis voltados à população. Em outra frente, o IFSC participa de projeto para a instalação de eletropostos ao longo da BR-101, entre o Rio Grande do Sul e o Rio Grande do Norte. Serão 1.350 destes pontos de recarga, localizados a cada 50 quilômetros, junto às unidades da Polícia Rodoviária Federal. "A ideia é ampliar esse serviço para outras rodovias e cobrir a malha rodoviária do Brasil, porque para se estimular as pessoas precisa ter a infraestrutura de abastecimento", reforça o professor.
A contribuição da academia para o incremento da mobilidade elétrica foi destacada por Alexandre José Araújo, coordenador técnico do IST em Mobilidade Elétrica e Energias Renováveis. Ele ressaltou que a criação do primeiro MBI em Mobilidade Elétrica e Energias Renováveis, pelo SENAI de Jaraguá do Sul, representou um passo importante na ampliação de oferta de especialização na área a profissionais de todo o País, contando já com sua segunda turma de alunos.
André Thiago Blanger, engenheiro mecânico e aluno da primeira turma de MBI, apresentou o case da Eletrotrac, empresa que criou na região Oeste para converter caminhões a combustão a diesel em elétricos. Segundo ele, o curso trouxe a oportunidade do negócio, mas também contribuiu para uma maior conscientização sobre como poderia oferecer ao mercado de transportes solução na eletrificação de veículos pesados.
Eduardo Javier Muñoz, CEO da Bravo Motor Company, empresa com sede na Califórnia, com negócios no Brasil desde 2020, ao falar sobre a mobilidade de forma global defendeu que o uso de veículos elétricos compartilhados podem ajudar a tornar o modal mais acessível e com menor impacto no meio ambiente.
Valter Luiz Knihs, diretor de Sistemas Industrias & E-Mobility da WEG e curador e professor do curso MBI em Mobilidade Elétrica e Energias Renováveis do UniSENAI, um dos desafios para acelerar a eletrificação automobilística é a oferta de matéria prima utilizadas na produção de semicondutores, que tornarão as baterias dos veículos mais leves, eficientes e acessíveis.
Com informações da Assessoria de Imprensa da FIESC no Vale do Itapocu
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