Florianópolis, 28.11.25 - A Assembleia Legislativa de SC recebeu no dia 27 um projeto do governo do estado para impulsionar o desenvolvimento do agronegócio por meio da ampliação do acesso ao crédito e do fortalecimento das cooperativas e agroindústrias do estado. O novo Programa Coopera Agro SC prevê a criação de até 10 linhas de financiamento que somam R$ 1 bilhão, com condições diferenciadas para agricultores vinculados a cooperativas e agroindústrias integradoras.
Para o Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados (Sindicarne), o programa atende demandas históricas do setor ao criar mecanismos reais e sustentáveis de acesso a crédito.
“A iniciativa chega em um momento decisivo para ampliar investimentos, garantir competitividade e fortalecer todas as cadeias produtivas do agronegócio. O elevado custo do crédito rural sempre foi um desafio estrutural. Ter uma política que reduz entraves é fundamental para que produtores, cooperativas e agroindústrias possam planejar e crescer com segurança”, afirma o diretor executivo, Jorge Luiz de Lima.
A operação financeira será viabilizada por meio de parceria entre o Estado e o Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE), com a aquisição de Letras Financeiras de longo prazo. Do montante total previsto, R$ 200 milhões serão aportados pelo Governo e R$ 800 milhões pelo setor privado.
Outro diferencial apontado por Lima é o estímulo adicional às cooperativas e agroindústrias, que poderão utilizar créditos acumulados de ICMS, limitados a até 50% do valor investido. Para ele, esse mecanismo assegura maior atratividade e capacidade de execução dos projetos.
“É uma inovação que coloca Santa Catarina em condições equiparadas a outros Estados que já utilizam modelos financeiros semelhantes, contudo, mais burocráticos”, observa.
O programa prevê taxas próximas de 9% ao ano e prazo de pagamento de 10 anos, incluindo dois anos de carência. As projeções elaboradas pelo Governo estimam que o programa tem potencial para gerar R$ 26 bilhões em impacto no movimento econômico e criar 40 mil empregos diretos e indiretos no estado.
Na avaliação de Lima, esses números refletem não apenas a força da produção catarinense, mas também a importância de políticas que reconheçam o papel estratégico do setor.
“O agronegócio de Santa Catarina é sustentado por uma extensa rede de pequenos e médios produtores integrados às cooperativas e agroindústrias, modelo que exige contínua renovação tecnológica e capacidade de investimento. O programa reforça esse compromisso ao assegurar mais renda, mais empregos e mais oportunidades para quem faz a agricultura catarinense ser referência nacional”, destaca.
O Coopera Agro SC será analisado pela comissão de Justiça da Alesc e depois segue para a de Finanças.
Com informações da assessoria do Sindicarne e do Governo de SC.
Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina - FIESC
Gerência de Comunicação
Quer acesso a mais conteúdos como esse? Receba a newsletter Indústria News direto no seu e-mail, no WhatsApp ou no LinkedIn.
