Florianópolis, 19.10.2021 - A Costa Rica pode ser uma plataforma para o Brasil ampliar as exportações. O país da América Central tem acordos de livre comércio com mais de 50 países, entre eles, China, Cingapura, Coreia do Sul, Estados Unidos e União Europeia. “É um mercado de 2,5 bilhões de consumidores. A Costa Rica também é porta de entrada para a América Central e Caribe. É um país focado no comércio internacional e na atração de investimentos”, afirmou o embaixador da Costa Rica no Brasil, Norman Lizano Ortiz. Ele participou de seminário híbrido, promovido pelas federações de indústrias do Sul - FIESC, FIERGS e FIEP, nesta terça-feira, dia 19.
Por videoconferência. o embaixador do Brasil na Costa Rica, Antônio Francisco da Costa e Silva Neto, destacou que o comércio entre Brasil e Costa Rica está aquém do potencial. “As cifras são modestas e a lista dos produtos que intercambiamos é limitada”, afirmou. De janeiro a setembro de 2021, o Brasil exportou cerca de US$ 240 milhões para o país da América Central e importou cerca de US$ 45 milhões. Ele disse que a Costa Rica pode ser um destino de investimentos ou de integração de cadeias produtivas com o Brasil. “O mercado da Costa Rica é pequeno, tem 5 milhões de habitantes, mas é possível aproveitar os acordos de livre comércio. É um conjunto diversificado”, ressaltou.
No encontro, o presidente da FIESC, Mario Cezar de Aguiar, apresentou um panorama da economia catarinense e chamou a atenção para os esforços da entidade para ampliar a inserção internacional da indústria. “Esse é o propósito do encontro de hoje: promover a internacionalização da indústria do sul do Brasil e ampliar os negócios com a Costa Rica”, disse, lembrando que SC tem a indústria mais diversificada do Brasil. Além disso, o estado é o quinto maior do país em corrente de comércio (US$ 24,3 bilhões em 2020). “Reforço nossa vocação industrial. Temos condições de incrementar as nossas relações comerciais com a Costa Rica”, completou.
O presidente da FIERGS, Gilberto Petry, destacou que os três estados do sul têm uma atividade conjunta muito grande. “Se somarmos os PIBs, representamos cerca de 20% do total brasileiro. Somos estados industrializados, com diversidade na fabricação de produtos. Então temos uma convergência muito grande”, declarou.
O presidente da FIEP, Carlos Valter Martins Pedro, observou as similaridades que há na indústria do sul do Brasil e a união dos estados. “Por meio da Costa Rica teremos a oportunidade de avançar nas parcerias e nos negócios com países da América Central”, disse.
Há em discussão uma proposta de acordo de livre comércio entre o Mercosul e a Costa Rica, contudo, não há perspectivas de avanço no curto prazo. A presidente da Câmara de Comércio Exterior da FIESC, Maria Teresa Bustamante, disse que é importante a continuidade das negociações. “É absolutamente necessário que se dê um passo à frente e se consolide essa negociação, mantendo o setor privado participando da mesa de negociação”, afirmou.
País da América Central tem acordos de livre comércio com 50 países e potencial para acessar um mercado de 2,5 bilhões de consumidores. Assunto foi debatido em seminário promovido pela FIESC, FIERGS e FIEP, nesta terça-feira, dia 19