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Construção vê com ressalva uso do FGTS como garantia de consignado

Proposta do Ministério do Trabalho para usar recursos como garantia de empréstimo com desconto em folha para trabalhadores celetistas contraria objetivo para o qual foi criado o fundo, diz Câmara da Construção da FIESC

Florianópolis, 18.09.2024 - O Ministério do Trabalho e Emprego planeja enviar ao Congresso Nacional uma nova proposta de crédito consignado, com foco nos trabalhadores regidos pela CLT. A ideia é que as parcelas dessa modalidade de empréstimo sejam debitadas diretamente da folha de pagamento, ou seja, no contracheque dos empregados. Em caso de demissão, o FGTS entraria como garantia de pagamento. A medida a ser proposta inclui o fim do saque-aniversário, modalidade de retirada de recursos do FGTS pelo trabalhador no mês de nascimento.  

Para a Câmara de Desenvolvimento da Indústria da Construção (CDIC) da Federação das Indústrias de SC (FIESC), o uso do FGTS para propósito diferente daquele para o qual foi criado é visto com preocupação. Para Marcos Bellicanta, presidente da CDIC, a concessão de crédito acessível para o consumo deveria passar por soluções que não desviem o FGTS de seu propósito. Criado para proteger o trabalhador em caso de demissão sem justa causa, os depósitos do empregador no fundo permitem a acumulação de um patrimônio, que pode ser usado para a aquisição da casa própria, na aposentadoria e em situações de dificuldades do empregado. “Isso é especialmente importante considerando que o País tem um déficit habitacional de 6 milhões de moradias”, diz Bellicanta.

O FGTS pode ser sacado para a aquisição de imóvel novo ou usado, construção, liquidação ou amortização de dívida vinculada a contrato de financiamento habitacional. Por isso, tornou-se uma das mais importantes fontes de financiamento da casa própria, principalmente para a população de menor renda, além de financiar obras de saneamento e infraestrutura.

Segundo o Ministério do Trabalho e Emprego, em 2023, o FGTS administrou 219,5 milhões de contas, com saldo de R$ 572,4 bilhões, somando um patrimônio de R$ 704,3 bilhões. A Caixa liberou R$ 142,3 bilhões em saques para os trabalhadores, aumento de 12,6% em relação ao ano anterior. O saque por rescisão de contrato de trabalho foi responsável por 43,49% desse total, seguido pelo saque-aniversário, com 26,79%.

O saque-aniversário teve retirada de R$ 38,1 bilhões em 2023, dos quais R$ 14,7 bilhões foram pagos diretamente aos trabalhadores, enquanto R$ 23,4 bilhões foram destinados a instituições financeiras como garantia para operações de crédito.

Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina - FIESC
Gerência de Comunicação Institucional e Relações Públicas

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