Florianópolis, 23.07.25 - A Câmara de Desenvolvimento da Indústria da Pesca conheceu detalhes do programa Pescados SC, do governo do Estado. A iniciativa vai injetar R$ 100 milhões em diferentes projetos para elevar a competitividade da cadeia produtiva, ampliar a segurança dos pescadores e trabalhadores do setor, aumentar a qualidade e o consumo do pescado em SC. O secretário da Aquicultura e Pesca, Tiago Frigo, destacou que o objetivo é beneficiar 750 mil catarinenses de forma direta e indireta com o programa.
Entre os destaques, segundo ele, está o projeto Pronampe Pesca SC, que vai dispor de R$ 47 milhões em financiamentos com foco em infraestrutura e aquisição de insumos. Outra medida relevante, explicou, é o fomento à pesquisa, à inovação e ao desenvolvimento sustentável do setor.
No final de 2024, a Secretaria-executiva de Aquicultura e Pesca, em parceria com a Fapesc, lançou o edital de chamada pública para estudo de sistema de engorda de peixes em Santa Catarina com investimento de R$ 1,8 milhão. Além disso, o governo do estado pretende criar um braço de pesquisa na Epagri para o segmento, para que a pesquisa no setor e as inovações sejam contínuas.

Financiamento
A reunião contou ainda com a participação do superintendente do Ministério da Pesca e Aquicultura em SC, Jean Ricardo Antunes, que apresentou as iniciativas do órgão em prol do desenvolvimento do setor. Antunes destacou a inclusão da pesca e da aquicultura no Plano Safra, com condições diferenciadas de financiamento. “São até R$ 208,5 bilhões acessíveis via Pronaf, Pronamp e outras linhas, que podem beneficiar pescadores artesanais, armadores, empresas e aquicultores”, salientou.
Para o presidente da Câmara da Pesca, André Mattos, as duas iniciativas contribuem para a competitividade e profissionalização do setor. Ele destacou a relevância do segmento para SC, que é o maior exportador de pescados do país e que sofre com a incerteza dos impactos do tarifaço dos Estados Unidos sobre as vendas externas.
O superintendente do MPA explicou que o setor está contemplado no comitê interministerial que debate estratégias para negociar com os EUA e que o governo federal deve apresentar medidas emergenciais de apoio aos setores atingidos em breve.
Pesca da Corvina
Durante a reunião, a bióloga Geysa Marinho, da coordenadoria técnica do SINDIPI, atualizou os membros da Câmara sobre a situação da pesca da corvina. A espécie havia sido apresentada como “vulnerável” na lista de espécies ameaçadas de extinção em abril. Até então a corvina era considerada menos preocupante.
Geysa explicou que no fim de maio o SINDIPI forneceu ao MPA (Ministério da Pesca e Aquicultura) dados oficiais e mais atualizados sobre a espécie, para que pudesse ser aberto um painel de revisão da categoria da corvina pelo Conabio. “Entregamos um levantamento amplo de informações e histórico de produção da corvina no Sudeste e Sul do país e aportamos esses dados”, explicou.
Com informações sólidas e bem embasadas, o MPA informou que foi aberto um painel para revisão da categoria. “Portanto a corvina será reavaliada e acreditamos que até o final do ano tenhamos um posicionamento quanto à espécie”, afirmou Geysa.
Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina - FIESC
Gerência de Comunicação Institucional e Relações Públicas
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