Florianópolis, 14.6.2021 – Os alunos da Escola S de Criciúma, Pedro Daminelli Lage Pinto, Kevin Ghisi e Thalyta Andrade Faria tiveram um desafio diferente nos últimos dias: participar da F1 in Schools, em português Fórmula 1 nas Escolas. Chancelada pela Federação Internacional de Automobilismo (FIA), a competição é o maior torneio voltado para o mundo STEAM (Ciência, Tecnologia, Engenharia, Artes e Matemática) e reuniu 44 times de 22 países, sendo três brasileiros. A equipe catarinense, chamada Spark, a única do Sul do Brasil, se destacou com um dos 10 carros mais velozes da competição e conquistou o 21º lugar na classificação geral.
Para o professor e técnico da equipe, Cleber José Marinho Júnior, ter uma das três equipes que representaram o Brasil é algo grandioso e com ganhos para a vida pessoal e profissional dos alunos. “Em uma competição como essa vemos o quanto os nossos alunos estão preparados. É um grande diferencial ter alunos que conseguem construir, prototipar e apresentar um produto para juízes nacionais e internacionais. São jovens que vão diferentes para o mundo de trabalho, principalmente para a indústria 4.0, que eleva tanto o profissional que tem boa comunicação, está preparado em relação a questões emocionais e consegue planejar, executar, cumprir prazos e metas”, destaca o professor que também participou pela primeira vez da F1.
O desenvolvimento do carro levou mais de um ano para ficar pronto. O projeto foi desenhado, passou por software de prototipagem de 3D e testado em software de túnel de vento, para depois seguir as aplicações de engenharia a ser construído. O carro é usinado em um Controle Numérico Computadorizado (CNC) e programado para moldar o carro, sendo seu material do corpo o poliuretano. As peças como rodas e aerofólios podem ser impressas em 3D ou usinados em outro material de acordo com a decisão do time. Os alunos receberam destaque por inovações no carro como a aerofólio traseiro ser flexível, o que deu mais segurança na hora da frenagem, evitando que o carro quebrasse e permitindo que retornasse para o ponto inicial, ao contrário de muitos carros que quebraram na hora da frenagem.
O estudante Pedro entende que a participação foi surreal e a realização de um sonho. “Conseguir levar não só o Brasil, mas Criciúma e Santa Catarina ao cenário internacional por meio de empreendedorismo e educação relacionada ao STEAM foi magnífico. Nossa maior inspiração foi o Ayrton Senna, por estar relacionado à F1, mas principalmente pela sua determinação. Foi uma experiência única estar na frente de empresários, conversando com profissionais de alta qualificação, pessoas com longa carreira e experiência, inclusive internacional. Além de ter uma visão mercadológica do mercado de trabalho e estratégica já no ensino médio, o que nos deu muita maturidade e envolvimento, que poucos lugares poderiam proporcionar”, evidencia o aluno.
Os alunos do 3º ano do ensino médio venceram a etapa nacional do Festival SESI de Robótica em 2020, garantindo assim a vaga para a etapa mundial de F1. As competições trouxeram aprendizado e crescimento pessoal e profissional.
Kévin Ghisi quer estudar engenharia e desenvolver protótipos para a sua empresa e diz ter sido uma experiência única a participação. “Levarei todos os ensinamentos e aprendizados para o resto de minha vida. A troca de experiências e o desenvolvimento pessoal e entre o time foi o grande diferencial no trabalho realizado e na oportunidade de participar de uma competição internacional”, afirma.
No próximo sábado (19), os alunos têm uma nova disputa, o Festival Sesi de Robótica etapa Nacional. Além da equipe Spark, participarão outros dois times, Fenikso e Alpha. São 11 alunos do ensino médio da Escola S de Criciúma envolvidos. “Estamos com três bons times e esperamos trazer boas premiações, além de vagas em outras competições”, finaliza o professor Cleber.
Assessoria de Imprensa
Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina