Fotos, vídeos e textos: confira como foi o Fórum Radar 2025, realizado na FIESC

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Durante seis horas, público acompanhou lideranças em quatro painéis e palestras (Fotos: José Somensi)

Florianópolis, 27.03.2025 – A Federação das Indústrias de Santa Catarina (FIESC) promoveu nesta quinta (27), em Florianópolis, o Fórum Radar, que discutiu soluções para impulsionar o crescimento da indústria. Abaixo, destaques do evento.

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1. ABERTURA

O presidente da FIESC, Mario Cezar de Aguiar, disse que a indústria é o setor mais importante da economia de Santa Catarina, aquele que mais emprega. Ele destacou que a FIESC defende não só o interesse das indústrias, mas também o interesse da sociedade catarinense.

“Estamos todos juntos em busca de um estado cada vez mais dinâmico, cada vez mais referência em âmbito nacional e internacional.”

**Boas-vindas:** presidente da FIESC fez a abertura oficial do Fórum Radar 2025

Marcos Troyjo, economista, sociólogo e diplomata, também participou da abertura. Ele enumerou os três principais desafios que devem estar “no radar” dos industriais brasileiros:

1. Política comercial e industrial dos EUA, com reflexos mundo afora;
2. Novo momento das exportações da China;
3. Corrida presidencial no Brasil, por seus efeitos econômicos;

**Política econômica dos EUA:** "Vamos enfrentar uma `trumpulência´", diz Troyjo

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2. PALESTRA COM ALBERTO KUBA, DA WEG

A ousadia da WEG em crescer em cenários que sempre foram adversos é um dos motivos do sucesso da companhia. O foco no resultado e o investimento em inovação também são fatores fundamentais, disse o Diretor Presidente Executivo da WEG, Alberto Yoshikazu Kuba.

De acordo com ele, durante toda a trajetória da WEG - que tem 63 anos - sempre existiram desafios, e o diferencial da empresa ao longo do tempo foi identificar oportunidades e focar em fazer dar certo.

Kuba destacou que a WEG sempre procurou identificar o gap entre seus produtos e os dos concorrentes e trabalhou para minimizar a distância, seja comprando tecnologia ou desenvolvendo por meio da inovação.

“Todo ano a empresa tem produto novo e tecnologia nova no mercado. Hoje podemos dizer que a WEG tem o melhor produto do mundo em vários dos segmentos em que atua.”

Sobre o cenário de constante mudança e a possibilidade de uma nova configuração geopolítica e do comércio internacional, aconselhou os líderes industriais de SC a não mudar a direção da empresa de forma drástica. “Se a sua indústria tem negócios com os EUA, não abandone esta estratégia, mas fique atento para abrir novas portas.”

📢 DICAS DE ALBERTO KUBA

1. O tamanho do desafio é proporcional a sua falta de conhecimento
2. Cuide para que a experiência do seu cliente seja sempre positiva
3. Pensar grande ou pequeno dá o mesmo trabalho
4. Não existe atalhos se quiserem construir algo que seja sustentável
5. Busque continuamente formas de criar valor ao seu cliente
6. Busque sempre fazer mais, melhor e com custo menor
7. Desenvolva novos líderes; não são as empresas que se adaptam, mas sim as pessoas

**Receita do sucesso:** Weg sempre focou em dar certo, diz Kuba

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3. PAINEL JOVENS EMPRESÁRIOS

Empresas que querem crescer, gerar novos negócios e aproveitar oportunidades têm de investir em transformação digital, disseram os participantes do primeiro painel da tarde, mediado por Paulo Violada, líder do Instituto SENAI de Inovação em Sistemas Embarcados.

**Marcelo de Aguiar**, conselheiro da **Tecnofibras** e da **Axia,** defendeu o uso de inteligência artificial. **“A inteligência artificial vai te ajudar a tomar as melhores decisões para o seu negócio.”**

**Fernando Fey**, vice-presidente da Fey, disse que na empresa de Indaial o processo de transformação digital envolve todas as pessoas e processos. **“Para haver uma transformação digital, é preciso ter uma mudança de cultura.”**

**Cleber Pisetta**, diretor da **Altona,** destacou que a inovação é um dos pilares da Altona, que atua em 17 segmentos, em mais de 30 países. **“A gente tem que estar persistindo, um passo de cada vez, numa melhoria contínua.”**

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4. PAINEL MARKETING INDUSTRIAL

A indústria catarinense precisa estar atenta a aspectos como design, branding e comunicação de marca para se manter relevante e sustentável. É o que disseram os participantes do segundo painel da tarde, mediado por José Eduardo Fiates, diretor de Inovação & Competitividade da FIESC.

**Célio Teodorico dos Santos**, professor, pesquisador, designer e integrante do **Studio 566 Design**: *“Design é valor quando traz originalidade. Investir em design, branding e marketing é construir negócios sustentáveis.”*

**Fabio Veiga,** CEO da Neovox Estratégias de Comunicação: *“O marketing hoje é tudo. Estamos na era do marketing surrealista, em que todo mundo é sujeito ativo e passivo da comunicação. As empresas precisam estar com a mente aberta.”*

**Fred Gelli,** CEO da Tátil Design: “Cultura é onde moram os valores da organização. Uma organização sem valores, sem princípios, crenças e propósito não vai longe. Se você tem um produto ou serviço que não são reflexo da sua marca, tem alguma coisa muito errada. Marca e cultura caminham juntas.”

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5. PALESTRA DUAS RODAS

Leonardo Zipft, presidente do Conselho de Administração da Duas Rodas, destacou que a empresa teve três ciclos de crescimento: o primeiro com o casal de fundadores vindos da Alemanha, o segundo com os filhos e o terceiro, o da sucessão.

A inovação ganhou reforço no terceiro ciclo, com o investimento de 5% da receita em pesquisa e desenvolvimento. Isso levou a uma renovação de 40% do portfólio de produtos nos últimos cinco anos, estratégia que deve levar a um faturamento de R$ 2,2 bilhões em 2025, salto de 17,8%.

“O único fato que assegura o desenvolvimento de uma organização é a capacidade criativa, a capacidade de inovar e perceber movimentos de mercado e interpretar a expectativa de seus clientes. Perguntamos para nossos clientes o que podemos fazer para melhorar.”

**Conselho:** “Não adianta crescer sem entregar resultados consistentes”, diz Leonardo Zipf

A presidente executiva, Rosemeri Francener, destacou que a inovação constante é essencial, já que, na indústria de alimentos, o que o fabricante de aromas e ingredientes oferece representa a marca do cliente.

“Quando a indústria de alimentos escolhe um sabor, um extrato, isso está carregando a emoção e a marca do cliente. O cliente, quando pensa em desenvolver um produto, precisa lembrar de nós. Quando ele nem sabe que quer lançar um produto, nós estamos lá para dizer: é o momento.”