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Acordo Mercosul-União Europeia vai modernizar as economias do Mercosul

Contudo, a questão ambiental precisa ser resolvida para o acordo avançar, disse o embaixador da União Europeia no Brasil, Ignacio Ybáñez, durante live, promovida pela FIESC, nesta quarta-feira, dia 9. Também participou do encontro o embaixador Marcos Galvão, chefe da missão do Brasil junto à União Europeia

Florianópolis, 9.3.2022 – O acordo Mercosul-União Europeia vai alavancar as reformas estruturais e servirá de plataforma para modernizar e diversificar as economias dos países do Mercosul, muito em particular a do Brasil, disse o embaixador da União Europeia no Brasil, Ignacio Ybáñez. Ele participou de uma live, promovida pela Federação das Indústrias (FIESC), nesta quarta-feira, dia 9. A União Europeia é um bloco formado por 27 países e tem uma população de 447 milhões de habitantes. Em 2020, o PIB totalizou US$ 15 trilhões. O valor é quase dez vezes maior do que o PIB brasileiro.

“Nossa convicção é de que o acordo é moderno e positivo para as duas partes”, afirmou Ybáñez. Contudo, ele destacou que há desafios em relação à questão ambiental que precisam ser vencidos e que há necessidade de um compromisso claro na área por parte do Brasil. “Para atingir os objetivos do acordo, é fundamental que os atores governamentais, as organizações da sociedade civil e o setor privado trabalhem conjuntamente, particularmente, no que se refere aos compromissos ambientais do acordo. Isso facilitará a construção de cadeias de fornecimento estratégicas entre o Brasil e a União Europeia, que sejam mais sustentáveis em relação aos desafios da emergência climática e ambiental”, declarou.  

O presidente da FIESC, Mario Cezar de Aguiar, disse que é importante saber quais são os países da União Europeia com os quais Santa Catarina pode ampliar o comércio. Em relação ao tema sustentabilidade, ele ratificou a posição do empresário catarinense de respeito à preservação dos ativos ambientais. “O estado tem 1,1% do território nacional e 29% de cobertura de mata atlântica nativa. Isso mostra nosso respeito às questões ambientais. Temos uma importante política ESG implementada no pensamento industrial catarinense. E isso tudo pode nos ajudar a antecipar a aplicação desse acordo que é tão importante tanto para a União Europeia quanto para o Brasil”, afirmou. 

O embaixador Marcos Galvão, chefe da missão do Brasil junto à União Europeia, disse que o acordo está em fase final de revisão jurídica. “Na verdade, está como um avião orbitando em cima do aeroporto, aguardando as condições atmosféricas para fazer a aproximação final. E, além da revisão formal e jurídica que está adiantada, há alguns pontos técnicos pendentes. “Estamos próximos de concluir e aguardando que a Comissão Europeia apresente uma proposta do que seriam os elementos adicionais que discutiremos relativos a comércio e sustentabilidade, necessários para melhorar as condições políticas e de tramitação do acordo”, explicou. Galvão disse ainda que todos os acordos comerciais são objeto de muito debate político no bloco europeu. “Nenhum acordo comercial passa com facilidade. O acordo com o Canadá, por exemplo, está em vigência provisória, mas não passou ainda pela Assembleia Nacional francesa”, relatou. 

“A expectativa de assinatura do acordo é alta e gostaríamos muito de estar com ele em plena vigência, não só pela possibilidade de aumento do comércio, mas, particularmente, porque é um acordo moderno, de última geração”, disse a presidente da Câmara de Comércio Exterior da FIESC, Maria Teresa Bustamante, que mediou o encontro. Ela observa que o acordo vai exigir das empresas brasileiras o cumprimento de novas normas reguladoras. “Na FIESC, estamos trabalhando com antecipação junto a vários setores para prepará-los para quando o acordo entrar em vigor”, salientou.
 

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