Pular para o conteúdo principal

Quer receber nosso conteúdo exclusivo? Inscreva-se!

Indústria 4.0 e tecidos inteligentes mudam setores têxtil e de confecções

Novas funções com o uso da nanotecnologia ampliam atuação dos segmentos para além da vestimenta, com aplicações nas atividades automotiva, saúde e agrotec

Clique aqui e veja no Flickr da FIESC a cobertura fotográfica

Florianópolis, 18.8.2017
– O futuro dos setores têxtil e de confecções vai muito além da produção de roupas, moda e design. Com a entrada dos conceitos da indústria 4.0 e da nanotecnologia, nascem os tecidos inteligentes e suas aplicações não só às roupas, mas em outros segmentos, como automotivo, saúde (roupas de cama com fios de prata) e agrotec (tecidos para agroindústria), disse o diretor-técnico do Centro de Tecnologia da Indústria Química e Têxtil (SENAI CETIQT), Sérgio Motta, durante reunião de diretoria da FIESC, nesta sexta-feira (18), em Florianópolis. “40% do peso de um carro são de materiais têxteis”, exemplificou. “O maior apoio que SENAI e SESI podem dar é na virada da inovação. Esse é o caminho. É perceptível esse viés em Santa Catarina”, declarou. 

Atualmente fala-se nos tecidos técnicos e nos não-tecidos, que, segundo Motta, ganham versões como a antimicrobiana, repelente e até anticelulite. Com a incorporação do grafeno (material mais resistente que o aço, porém da espessura de um átomo), o tecido ganha sensores que medem a temperatura do corpo dos atletas. “Tecidos técnicos movimentam US$ 127 bilhões no mundo”, informou.

O conselheiro do CETIQT, César Döhler, apresentou um tecido invisível à luz infravermelha, desenvolvido para o Exército. Isso permite que à noite pessoas usando roupas com esse tecido não sejam vistas pelo equipamento. O presidente da FIESC, Glauco José Côrte, destacou a importância da percepção de futuro do setor têxtil e lembrou que estavam presentes representantes do Exército, que estão em busca de novas parcerias para o desenvolvimento de tecnologias em diversas áreas, além do Corpo de Bombeiros.  

Döhler também apresentou um panorama do setor têxtil e vestuário no Brasil e destacou que a indústria têxtil brasileira faturou R$ 131 bilhões em 2016, é composta por 33 mil empresas e gera 1,4 milhão de empregos diretos. É a segunda maior empregadora da indústria de transformação, perdendo apenas para alimentos e bebidas (juntos). Ele salientou o trabalho da instituição em educação, tecnologia, inovação, sustentabilidade e produtividade, e revelou que em breve será inaugurada uma planta-piloto de confecção 4.0, uma espécie de loja virtual ligada diretamente ao processo produtivo e aos fornecedores de materiais.

Institutos SENAI de Inovação: ainda durante a reunião, o diretor regional do SENAI/SC, Jefferson de Oliveira Gomes, disse que os institutos SENAI de Inovação em âmbito nacional têm 201 projetos contratados e em execução, que somam R$ 213,6 milhões. Outros 204 projetos já foram concluídos. Eles somam R$ 165 milhões.  

O diretor do Centro de Inovação SESI em Tecnologias para a Saúde, Marcelo Tournier, apresentou um balanço das iniciativas em andamento. Entre elas, citou a criação de uma plataforma de gestão da saúde e segurança para a construção civil, que permitirá melhorar o processo ergonômico dos trabalhadores, apoiar a reabilitação, melhorar a produtividade e evitar acidentes. Há também em andamento ações em diversos outros segmentos da indústria.



 

 

Assessoria de Imprensa da FIESC
imprensa@fiesc.com.br
48 3231-4670 48 98421-4080

 

 

Indústria News

Inscreva-se e receba diariamente por e-mail as atualizações da indústria de Santa Catarina.
Confira edições anteriores.