-
Aguiar destacou que cerca de 200 indústrias têm relacionamento com o Comdefesa e podem fornecer para as Forças Armadas. Foto (Filipe Scotti)
Florianópolis, 23.8.2018 – O presidente da Federação das Indústrias de Santa Catarina (FIESC), Mario Cezar de Aguiar, recebeu nesta quinta-feira (23) alunos da Escola de Comando e Estado-Maior do Exército. O encontro foi organizado pelo Comitê da Indústria de Defesa (Comdefesa), em Florianópolis, e integra programação do Exército que visa preparar os futuros chefes militares e assessores de alto nível. Os oficiais conheceram as capacidades e limitações dos setores industrial e agrícola de Santa Catarina.
Aguiar reforçou a importância da parceria entre a indústria catarinense e as Forças Armadas, que vem fortalecendo o desenvolvimento do setor. “Uma das nossas motivações é unir e fortalecer parcerias, como evidenciamos no intercâmbio com as Forças Armadas. Desta forma, a indústria catarinense preza pela diversidade e pela capacidade de um rol de produtos de alta qualidade, favorecendo o intercâmbio com as Forças Armadas”, afirmou.
A infraestrutura catarinense é outro fator que influencia na competitividade da indústria, lembrou Aguiar. “Nosso principal modal é o rodoviário. Temos uma única rodovia federal no Estado que está duplicada, e não na sua totalidade. Tivemos participação do Exército nas obras das BRs 116 e na 280. A BRs 163 e 282 são estradas de escoamento. Nós temos uma malha deteriorada, especialmente na região Oeste”, alertou. “Já em relação à capacidade portuária, temos cinco portos em SC que movimentaram 42,6 milhões de toneladas de cargas em 2017, 19% de todos os contêineres do País”, salientou o presidente da FIESC, que falou ainda sobre a capacidade aeroportuária do estado e a malha ferroviária.
O presidente da Federação da Agricultura de Santa Catarina (FAESC), José Zeferino Pedroso, destacou que SC possuía 193.668 estabelecimentos rurais em 2016, segundo dados do IBGE. Atualmente, são 183.065 estabelecimentos que ocupam mais de 6,4 milhões de hectares. “Somos líderes na produção de suíno e o segundo maior produtor de frango. Também lideramos a produção de cebola e maçã. Nossa agroindústria não tem crescido como deveria por conta da falta de infraestrutura”, afirmou, completando que conflitos fundiários também interferem na produção agrícola. Ricardo Gouvêa, representante da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), falou sobre o sistema de controle da qualidade e sanidade da produção bovina.
Cesar Olsen, coordenador do Comdefesa da FIESC, afirmou que o estado tem potencial para fornecer diversos produtos às Forças Armadas. “Fabricamos cerâmica balística no Sul do Estado, temos centros de inovação com desenvolvimento de satélites e uma indústria extremamente tecnológica”, falou.
O coordenador do Observatório FIESC, Sidnei Rodrigues, detalhou indicadores industriais de SC e apresentou o trabalho de inteligência desenvolvido na Federação.
“Essa é a nossa escola mais importante, pois em dez anos estes oficiais estarão nos comandos do Exército. Eles já participaram de missões de paz, de garantia da ordem e cada um levará esta experiência dentro de si. Temos muita coisa boa para mostrar para a sociedade”, disse o general Adhemar da Costa Machado Filho.
Os oficiais já visitaram Porto Alegre e Caxias do Sul, ambas no Rio Grande do Sul, e participam de painéis temáticos, políticos, econômicos e de segurança e defesa. Em Florianópolis, eles visitarão ainda a Dígitro, a Defesa Civil e o Museu Dudevant, em Palhoça, que preserva a memória militar com uma coleção com mais de 200 viaturas de todo o mundo.
Assessoria de Imprensa
Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina
48 | 3231 4244
imprensa@fiesc.com.br
