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Workshop mostra ganhos com a atualização dos motores industriais

Evento na FIESC debateu a importância da adoção de motores mais eficientes para o aumento na competitividade do setor produtivo

Florianópolis, 30.11.2015 – Redução no consumo de energia e aumento na vida útil dos motores são algumas das principais vantagens ao se adotar os motores elétricos de alta eficiência. O tema foi debatido no Workshop sobre Motores Premium, realizado na Federação das Indústrias de Santa Catarina (FIESC). Para uma plateia de industriais, especialistas de Eletrobras, BNDES e da Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee) explicaram as vantagens que podem ser obtidas com a adoção de motores enquadrados na especificação IR3, classificados como “Premium”.

Para o diretor de Desenvolvimento Industrial e Institucional da FIESC, Carlos Henrique Ramos Fonseca, o momento de crise é especialmente importante para este debate. “No contexto atual há uma forte busca por competitividade, e a energia elétrica é uma parte importante dos custos das empresas. Assim, a eficiência energética é tema premente nas agendas de todas as indústrias”, afirmou.

Dados apresentados no evento mostram que o custo de aquisição dos motores elétricos representa 2,3% do total de operação. Os outros 97,7% são gastos com consumo e manutenção. De acordo com Carlos Aparecido Ferreira, da Eletrobras, um motor IR3 de 50 cv leva 17 meses para gerar economia que pague sua diferença de custo em relação ao IR2. Após este período, o ganho anual é superior a 10% do custo de compra. Ferreira destaca ainda que, com maior eficiência, o motor IR3 esquenta menos e tende a ter uma vida útil maior que o IR2.

O administrador da equipe de Eficiência Energética do BNDES, Gaspar Giacomini, destacou outros dois ganhos gerados pela atualização dos motores elétricos industriais, que têm hoje média de 17 anos de uso: menor pressão por aumento na geração de energia, gerando ganhos ambientais; e geração de empregos entre os fabricantes de motores e instaladores especializados. Giacomini falou também das linhas de financiamento disponibilizadas pelo banco estatal, que variam de acordo com complexidade do projeto e do volume demandado. Entre elas estão o Cartão BNDES, o FINAME, a Linha de Eficiência Energética e o FINEM.

Roberto Barbieri, assessor de coordenação da Abinee, demonstrou a situação do Brasil em relação a adoção de motores mais eficientes.  Enquanto países como Estados Unidos, Japão e China, além dos pertencentes à União Europeia, já exigem ou estão exigindo que todos os novos motores atendam a IR3, no Brasil, a exigência é, desde 2010, pelo IR2. Barbieri destacou ainda que, como a idade média dos motores em uso no Brasil é elevada, a popularização dos equipamentos IR2 é demorada.

“Temos potencial muito grande de conservação de energia”, resumiu Carlos Henrique Ramos Fonseca, lembrando que 68% da energia consumida pelas indústrias é direcionada aos motores e que 70% dos equipamentos têm mais de 10 anos de uso.



Fábio Almeida
Assessoria de Imprensa da FIESC
48 3231-4674 | 48 9981-4642
fabio.almeida@fiesc.com.br

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