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Indústrias brasileira e argentina criam Conselho Empresarial

FIESC participa em Buenos Aires de missão da CNI que busca ampliar as relações bilateriais

Florianópolis, 9.9.2016 – A Confederação Nacional da Indústria (CNI) e a União Industrial Argentina (UIA) assinaram nesta quinta-feira (8) declaração para criação do Conselho Empresarial Brasil-Argentina. O acordo foi assinado pelo presidente da CNI, Robson Braga de Andrade, e pelo presidente da UIA, Adrián Kaufmann Brea, durante missão empresarial da CNI a Buenos Aires.

“As relações entre Brasil e Argentina no âmbito do comércio internacional ganham novo status com a instituição do Conselho Empresarial. Para as indústrias significa a possibilidade de contar com um fórum representativo que contribuirá para ampliar os negócios com um parceiro que sempre foi importante para Santa Catarina”, avalia o presidente da Federação das Indústrias de Santa Catarina (FIESC), Glauco José Côrte, que participa da missão empresarial e acompanhou a formalização do acordo.

O Conselho foi criado para ampliar e fortalecer a integração econômica entre as duas economias. Com o acordo, os setores industriais dos dois países poderão trocar informações sobre políticas industriais e comerciais, identificar oportunidades de comércio e investimentos, articular a defesa de interesses dos setores junto aos governos, além de atuar em conjunto no âmbito do Mercosul. Os representantes das duas entidades vão se reunir pelo menos uma vez por ano.

Também participam da missão representantes de 20 grandes empresas, entre elas companhias catarinenses, que fazem parte do Fórum das Empresas Transnacionais Brasileiras, grupo coordenado pela CNI. A mobilização pretende interromper um ciclo de quatro anos de desaquecimento na relação comercial.

A comitiva brasileira, integrada também pelo diretor da CNI, Paulo Tigre, teve extensa agenda com ministros e secretários de governo, além de visitas a instituições locais, como o Conselho Argentino para as Relações Internacionais e a Agência de Promoção de Investimentos e Comércio Internacional, além de reunião com o embaixador do Brasil na Argentina, Everton Vieira Vargas. Além disso, foram programados encontros com representantes da Secretaria de Relações Econômicas Internacionais da Chancelaria Argentina, Ministério da Produção, Ministério do Interior, Obras Públicas e Habitação, Ministério de Minas e Energia, Ministério da Ciência e Tecnologia e Ministério de Transporte.

A Argentina sempre foi um importante parceiro comercial de Santa Catarina. Contudo, nos últimos anos houve redução das exportações à Argentina, em parte influenciada por medidas protetivas adotadas pelo governo anterior. Ainda assim, o País foi em 2015 o terceiro principal destino dos produtos catarinenses, com 6% de participação no total embarcado pelo Estado. Ficou atrás apenas dos Estados Unidos e China.

No ano passado, as exportações catarinenses à Argentina totalizaram US$ 458,8 milhões, valor 27% menor que o registrado em 2014. Os principais produtos embarcados foram papel e cartão kraft, produtos laminados de ferro, bombas e compressores de ar, motores e geradores elétricos. As importações do Estado vindas da Argentina somaram US$ 920 milhões, valor 30% menor que as compras do ano anterior.

Comércio com o BrasilEntre 2008 e 2011, o Brasil foi o maior investidor estrangeiro na Argentina, período em que o fluxo médio anual foi de US$ 1 bilhão. No entanto, a partir de 2012, os investimentos começaram a cair drasticamente e, de 2012 a 2015, esse fluxo ficou em apenas US$ 300 milhões por ano, uma queda de 70%.


A redução também se deu na relação comercial. As exportações do Brasil para a Argentina, em 2015, foram de US$ 12,8 bilhões, o pior resultado da última década. Esse valor é 10% menor do que em 2014 e 44% menor do que em 2011. No momento, as vendas continuam retraídas. No primeiro semestre de 2016, as exportações brasileiras para a Argentina caíram 1,77% em relação ao mesmo período de 2015.

Indústria News

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