Gestão 1968 - 1971
Carlos Cid Renaux
"O presidente exportador"
biografia
Nascido em Brusque, em 1920, Carlos Cid Renaux atuou como presidente dos Conselhos de Administração da Fábrica de Tecidos Carlos Renaux e das Indústrias Têxteis Renaux.
Antes de chegar à presidência da Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina, liderou diversas entidades representativas da classe empresarial, como o Sindicato do Comércio Varejista de Brusque e o Sindicato das Indústrias da Fiação e Tecelagem de Brusque e Itajaí. Eleito presidente da FIESC em 1968, focou o trabalho da Federação no crescimento das exportações catarinenses.
Em 1995, foi condecorado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) com a Ordem do Mérito Industrial. Faleceu em 2002.
realizações
Um novo patamar de desenvolvimento na FIESC
A meta era modernizar não apenas sua administração, mas também os serviços oferecidos às indústrias. A eleição de Carlos Cid Renaux para a presidência da FIESC, em 1968, foi o começo dessa nova fase.
O caminho é exportar
A pauta das exportações ganhou peso na entidade, com a criação do Consórcio Catarinense de Exportação (Concatex), que propunha novas estratégias para a inserção da indústria catarinense no mercado internacional.
Inovação para a Indústria
Começou também uma aproximação com universidades e centros de pesquisa, criando o Instituto Euvaldo Lodi (IEL/SC), para estimular a inovação no setor, inicialmente promovendo o estágio de universitários nas indústrias. Outro importante órgão criado na sua gestão foi o Centro das Indústrias do Estado de Santa Catarina (CIESC). Seu objetivo era o de coordenar interesses do setor, diagnosticar e propor ações em cooperação com o governo para solucionar problemas da indústria.
A defesa da BR-101
Renaux aprofundou o papel que a FIESC sempre teve de interlocução com o setor público. As defesas da entidade com o Governo Federal, promovida por Renaux, resultou no início de duas obras importantes para o estado. Uma delas foi a construção da BR-101, no ano de 1969, que ligaria o Centro-Sul ao Nordeste do País, fundamental para o escoamento de produtos dessas regiões. A outra foi a ampliação da Usina Termelétrica de Capivari, hoje com a denominação de Complexo Termelétrico Jorge Lacerda.
Novos serviços para os empresários
A administração de Carlos Cid Renaux foi marcada ainda pelo lançamento do Cadastro Industrial Catarinense, fundamental para conhecer profundamente o setor secundário, e a implantação de um importante serviço de apoio técnico-jurídico para acompanhar a as atividades no Congresso Nacional, em especial a tramitação de projetos de lei de interesse do setor industrial.
1968-1971
Segunda metade dos anos 50. Uma época revolucionária
O mundo viveu tempos conturbados que mudariam uma era. Na China, Mao Tsé Tung promoveu a Revolução Cultural, que transformaria aquele país. Em Paris, aconteceu o Maio de 68 com os estudantes fazendo barricadas nas ruas e propondo a derrocada do sistema capitalista. Na Califórnia, o movimento da contracultura viveu seu apogeu, com milhares de hippies aderindo ao modo de vida comunitário e renegando a guerra do Vietnã.
No Brasil, o governo cria o Conselho Superior de Censura, a Funai, e em 68, institui o Ato Institucional 5, que fecha o Congresso Nacional e dá poderes extraordinários ao Presidente da República. No esporte, depois de ver a seleção nacional cair nas quartas de final na Copa de 66, o torcedor brasileiro comemorou o tricampeonato mundial no México em 1970. Culturalmente, o Brasil viveu o apogeu do Cinema Novo e a música de protesto contra a ditadura ganha espaço nas universidades.
Em Santa Catarina, dá-se início à obra da BR-101, a mais importante via de acesso ao estado e corredor para escoar a produção industrial.