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Cenário Macroeconômico destaca medidas do Banco Central

Publicação é elaborada pelo Observatório FIESC, com base na ata do Copom

Florianópolis, 26.3.2021 - O Banco Central do Brasil divulgou no dia 23 de março a ata da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), realizada nos dias 16 e 17 de março. Para a instituição, a atividade econômica brasileira continuou indicando recuperação consistente da economia, apesar da redução dos programas de recomposição da renda. Entretanto, o BC ressalta que os dados recentes ainda não contemplam os efeitos do aumento do número de casos de Covid-19, trazendo incerteza quanto ao ritmo da atividade econômica no primeiro e segundo trimestres deste ano. Confira a seguir a publicação Cenário Macroeconômico, do Observatório FIESC, que destaca as principais medidas tomadas pela autoridade monetária.

::::: Para ler a análise completa, clique aqui

À medida que o processo de vacinação em massa for realizado, pode ser que seja observado no segundo semestre de 2021 uma retomada robusta da atividade econômica. O Copom é o órgão do Banco Central que define a taxa básica de juros da economia, por meio da análise das expectativas de inflação, do balanço de riscos e da atividade econômica.

Os estímulos fiscais realizados em alguns países desenvolvidos, devem promover uma recuperação mais robusta à atividade internacional ao longo do ano. No entanto, o risco inflacionário sobre esses países tem produzido reprecificação nos ativos financeiros, podendo gerar impactos negativos sobre as economias emergentes.
A elevação do nível de preços no Brasil continua sendo ocasionada, em parte, pela elevação de preços das commodities internacionais, que tem contribuído para o aumento, por exemplo, dos preços dos combustíveis nas últimas semanas. No entanto, o Copom mantém o diagnóstico de que os choques atuais são temporários, mesmo se revelando mais forte e persistente do que o esperado.

O cenário básico do Copom para a economia brasileira em 2021 indica projeção de inflação em torno de 5% e trajetória de juros crescente até 4,5% ao ano. Para 2022, o Copom projeta uma inflação menor, de 3,5% e uma taxa de juros de 5,5% ao ano. Entre os principais riscos de manutenção desse cenário, o Copom destaca que o agravamento da pandemia pode atrasar o processo de recuperação econômica, implicando em uma trajetória de inflação abaixo do esperado. Além disso, o risco fiscal elevado continua criando assimetria na economia, podendo gerar trajetórias de inflação acima do projetado.

Considerando o cenário básico do Copom, bem como o balanço de riscos e a evolução da atividade econômica, decidiu-se por unanimidade a elevação da taxa de juros em 0,75 ponto percentual, para 2,75% ao ano. Essa trajetória ascendente da taxa de juros deverá ocorrer, também, nas próximas reuniões, caso não haja mudanças significativas nas projeções de inflação. Destaca-se, ainda, que a trajetória de elevação da taxa de juros é compatível com a convergência da inflação para a meta no biênio 2021-2022.

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