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ALADI é destino de 25% das vendas de produtos industriais do Brasil

Brasil tem o desafio de ampliar os acordos que hoje são focados em tarifas e incluir itens como serviços, investimentos e compras governamentais, avalia o diretor da CNI, Carlos Abijaodi. Assunto foi abordado em live promovida pela FIESC, FIERGS e FIEP, que debateu o futuro da Associação Latino-Americana de Integração, que é integrada pelo Brasil e mais 12 países

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Florianópolis, 9.3.2021 – A Associação Latino-Americana de Integração (ALADI) é destino de 25% das vendas de produtos industriais do Brasil, mas há o desafio de ampliar os acordos comerciais, disse o diretor da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Carlos Abijaodi. “O Brasil possui acordos comerciais com praticamente todos os países da ALADI, exceto Panamá. Mas, ao mesmo tempo, há muita coisa para ser construída. Os acordos se concentraram muito em tarifas e no comércio de bens, atualmente têm uma extensão maior. Podemos incluir serviços, investimentos e compras governamentais. Isso vai revigorar nossa economia e trazer oportunidades em outros campos que não sejam só o das tarifas”, explicou ele, durante live, nesta terça-feira, dia 9, que debateu o futuro da Associação, que completou 40 anos em 2020. O evento foi uma iniciativa conjunta da FIESC, FIERGS e FIEP. Integram a ALADI a Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Equador, México, Paraguai, Peru, Uruguai, Venezuela, Cuba e Panamá.

Abijaodi informou que 80% do valor exportado pelo Brasil para países da ALADI se beneficiam de preferências tarifárias. “É um grande destino das vendas brasileiras e de produtos industriais. A integração que temos hoje com a ALADI é muito importante para o Brasil. Não resta dúvida. Há um estímulo cada vez maior para os países e regiões celebrarem acordos comerciais. O que temos é uma possibilidade muito grande de termos uma comunicação mais próxima com os nossos vizinhos que representam tanto para nós em termos de comércio e nas relações internacionais”, declarou.

O secretário-geral da ALADI, Sérgio Abreu, destacou que as micro, pequenas e médias empresas representam de 85% a 90% da estrutura produtiva dos países da ALADI. “Elas estão sentindo a pressão da situação comercial e do novo panorama da economia internacional. Nosso desafio é a abertura e a inclusão de novas agendas e a dinamização das micros, pequenas e médias, que são a base social e de estabilidade política dos países. Temos que dar a elas a possibilidade de digitalizar-se, exportar, importar. Sem comércio não há emprego e sem emprego há desestabilização social”, afirmou. Ele também chamou a atenção para o crescimento da importância da China no cenário internacional e que isso deve ser observado pelas companhias. 

A presidente da Câmara de Comércio Exterior da FIESC, Maria Teresa Bustamante, também chamou a atenção para a importância de conhecer o poder que tem a China e a Ásia. “Não tem como fazer planejamento e políticas que não contemplam a aproximação com a China”, salientou. Ela também observou que é preciso olhar para a integração regional. “Precisamos encontrar propostas e soluções que nos aproximem cada vez mais disso. Somos países fronteiriços e isso já é uma imposição obrigatória do ponto de vista social, político, econômico e financeiro. Então, a integração fronteiriça é o ponto de partida para qualquer decisão”, explicou. 
Claudia Schittini, da área internacional da FIEP, destacou o trabalho que vem sendo feito pelas federações de indústrias para auxiliar principalmente as pequenas empresas na área de comércio exterior. “Temos um papel de identificar as oportunidades e necessidades”, afirmou.

“A ALADI é extremamente importante. É um bloco econômico que está entre os maiores do mundo, com uma população de 575 milhões de pessoas. Então é preciso considerar os fatores macro da ALADI para fins de avaliação do processo de integração da nossa região”, frisou Luciano D’Andrea, da área internacional da FIERGS.
 
O que é a ALADI: A ALADI foi instituída pelo Tratado de Montevidéu de 1980, assinado originariamente em 12 de agosto de 1980 pelos governos de Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Equador, México, Paraguai, Peru, Uruguai e Venezuela e, posteriormente, por Cuba (1999) e Panamá (2012). Juntos, os países da ALADI abrangem uma superfície de 20 milhões de km².

A Associação promove a criação de uma área de preferências econômicas na região, objetivando um mercado comum latino-americano, através de três mecanismos: preferência tarifária regional, aplicada a produtos originários dos países-membros frente às tarifas em vigor para terceiros países; acordos de alcance regional (comuns a todos os países-membros) e acordos de alcance parcial, com a participação de dois ou mais países da área. 

Com informações da ALADI
 

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