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Economia se recupera, mas crescimento do PIB ainda fica abaixo de 1%

Fraco desempenho é explicado pelos avanços insuficientes na agenda de redução do Custo Brasil e no sentimento crescente de que a aprovação das reformas estruturais será lenta. Retomada depende de alta do investimento, mostra o Informe Conjuntural da CNI.

Brasília, 11.10.2019 - Diante do cenário de lenta recuperação econômica, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) manteve a previsão de crescimento de 0,9% no Produto Interno Bruto (PIB) e de 0,4% do PIB industrial em 2019 no Informe Conjuntural do terceiro trimestre. O estudo explica o fraco desempenho da atividade econômica e industrial por dois fatores: o sentimento crescente de que o processo de aprovação das reformas indispensáveis ao crescimento da economia será mais demorado e complexo do que inicialmente percebido e os poucos avanços na agenda de redução do Custo Brasil.

O consumo das famílias, com um crescimento estimado de 1,5%, será novamente o principal motor do crescimento do PIB em 2019. Na comparação com anos anteriores, a taxa de 1,5% é inferior ao registrado em 2018 (1,9%) e levemente superior ao registrado em 2017 (1,4%). O Informe Conjuntural indica um descolamento entre o ritmo de crescimento do consumo e da produção industrial.  “As vendas no comércio varejistas têm crescido, mas este movimento não tem sido transmitindo para a indústria, que segue quase estagnada principalmente por conta da falta de competitividade”, comentou o gerente-executivo de Política Econômica da CNI, Flávio Castelo Branco.

Para ele, é preciso promover reformas estruturais que impactem de forma concreta no custo-Brasil. “Perdemos competitividade tanto nos mercados internos quanto internacionais por conta das adversidades como os logística ineficiente, tributação onerosa, burocracia excessiva e elevado custo de capital. Nesse cenário adverso, vendemos menos e, consequentemente, a produção da indústria é menor”, explicou Castelo Branco.

O investimento passou por uma leve revisão, passando de 2,1% no Informe do segundo trimestre para 2,5% no terceiro, como resultado da melhora gradual da economia – o que é um ponto positivo. O documento revisou também a taxa média de desemprego, que deve ficar em 11,9% em 2019, um recuo de 0,4 ponto percentual em relação ao verificado em 2018 (12,3%).

 

Veja outras previsões da CNI:

  • Juros básicos da economia fecharão 2019 em 5% ao ano – A taxa de juros, que está em 5,5% ao ano, ainda deve sofrer duas reduções, nas reuniões de outubro e bezembro do Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom). A perspectiva de continuidade na queda dos juros domésticos segue também a tendência do resto do mundo, com reduções dos juros básicos de países avançados e emergentes.
  • Dívida bruta do setor público atingirá 78,4% do PIB – O déficit nominal deve recuar de 7,14% do PIB, em 2018, para 6,43%, em 2019. A redução é explicada pela manutenção do patamar de déficit primário e a redução de 0,7 ponto percentual do PIB nas despesas com juros nominais. O déficit nominal, no entando, continua a ser superior ao necessário para estabilizar a relação Dívida Bruta/PIB, que deve passar de 77,2%, em 2018, para 78,4%, em 2019.
  • Dólar valerá R$ 4,02 no fim de 2019 – A elevação em relação ao Informe Conjuntral do segundo trimestre (R$ 3,75) é justificada pelo crescente impacto de fatores conjunturais, como a guerra comercial entre Estados Unidos e China e a crise na Argentina. A presença de mudanças estruturais, pelo menos no médio prazo, da política monetária doméstica também afeta a desvalorização do real frente ao dólar.
  • Balança comercial terá um saldo positivo de US$ 49,2 bilhões – A CNI projeta o saldo comercial de US$ 49,2 bilhões, com as exportações registrando US$ 228,4 bilhões e as importações US$ 179,2 bilhões. Se confirmar a projeção, o superávit será 16,12% menor que o registrado em 2018 – R$ 58,659 bilhões.

Com informações do Agência CNI de Notícias

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