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SC e Colômbia buscam ampliação do comércio

Encontro na FIESC mostrou que têxtil, vestuário, confecções, máquinas e equipamentos, tecnologia da informação, telecomunicações e indústria criativa são segmentos com maior potencial.

Florianópolis, 24.8.2017 – Os setores têxtil, vestuário, confecções, máquinas e equipamentos, tecnologia da informação, telecomunicações e a indústria criativa são os que têm maior potencial de novos negócios na Colômbia, informou o diretor da ProColombia, Alejandro Pelaez. Ele participou de seminário que debateu a ampliação do comércio entre Santa Catarina e Colômbia, nesta quinta-feira (24), em Florianópolis. O encontro foi promovido pela Federação das Indústrias de Santa Catarina (FIESC), INVESTE SC, Associação Comercial e Industrial de Medellín, além da ProColombia, entidade que promove investimentos.

O presidente da FIESC, Glauco José Côrte, lembrou que a entidade e o governo de Santa Catarina criaram a INVESTE SC, agência que procura atrair empresas que completem a cadeia produtiva. “Estamos buscando os elos faltantes da nossa economia para dar consistência, sustentabilidade e maior dinamismo ao Estado. Os dados de comércio exterior entre Santa Catarina e Colômbia mostram que temos um grande potencial para crescimento”, afirmou, salientando que em julho, pelo segundo ano consecutivo, a FIESC liderou missão empresarial à ColombiaModa, uma das principais feiras dos segmentos têxtil, vestuário e de moda da América Latina.

Côrte também apresentou os principais números da economia e da indústria, ressaltando que o setor em Santa Catarina é o mais diversificado do País. Santa Catarina tem o sexto maior PIB do País e a indústria responde por quase um terço do PIB catarinense. “Há espaço para incrementar o fluxo comercial e de investimentos”, declarou, salientando que o Brasil passa por um momento singular da sua história, tanto em termos políticos quanto econômicos. “Com uma conjuntura dessa natureza, estamos convencidos de que o fortalecimento das empresas do setor produtivo é a chave que temos à disposição para reagir e iniciar um processo de recuperação e de crescimento da economia”, finalizou.

Pelaez, da ProColombia, ressaltou que Medellín, por muitos anos, foi conhecida mundialmente pelo narcotráfico e pela insegurança, mas que nos últimos anos passou por uma transformação significativa, baseada na inovação e na economia criativa. “Hoje, Medellín é a casa das principais indústrias do País. Sedia o principal banco colombiano, que está se internacionalizando, e tem a quarta maior empresa de alimentos da América Latina. A cidade tem se transformado de um jeito incrível”, disse.

Segundo ele, há interesse em parcerias com a agroindústria catarinense. Alejandro relatou que recentemente visitou a região Oeste e conheceu o sistema cooperativista, o qual considera referência. Também disse que empresas dos segmentos têxtil e vestuário compram matéria-prima colombiana, assim como indústrias colombianas compram de Santa Catarina tecido para fabricação de moda beachwear.  

O diretor da Procolombia lembrou ainda que Brasil e Colômbia têm firmado um acordo comercial que isenta as exportações bilaterais de imposto de importação. “Isso já cria uma competitividade enorme”, explicou. De acordo com ele, outro acordo firmado vai aumentar o número de produtos com benefícios fiscais ou isentos de imposto de importação. Com isso, abre-se espaço para ampliar as vendas de maquinários à Colômbia. “Entre os dois países existe um potencial para aproveitar. A Colômbia tem uma dinâmica interessante, baseada nos investimentos. Na média dos últimos oito anos, o País investiu 25% do PIB. O Brasil não atinge 20%, comparou”, ressaltando que boa parte dos investimentos são feitos pelas empresas em máquinas.

Pelaez também apresentou os principais benefícios fiscais oferecidos às companhias que desejam operar na Colômbia, entre eles, destacou os custos trabalhistas e de instalação das operações. O País tem 32 zonas francas espalhadas em diversas cidades. “Tem muita potencialidade. Temos que pensar que é possível juntar as duas pontas do continente”, observou.

Na reunião, o secretário de Assuntos Internacionais de Santa Catarina, Carlos Adauto Virmond, lembrou da solidariedade que o Estado e o Brasil receberam quando ocorreu o acidente com o avião que transportava o time da Chapecoense. Ele também disse que o crescimento da Colômbia é destaque na América Latina.

Comércio: Atualmente, a Colômbia é o 23º destino das exportações catarinenses, que no ano passado totalizaram US$ 90,6 milhões, valor 9,2% superior ao registrado no mesmo período em 2015. Os principais produtos embarcados foram bombas de ar ou de vácuo e compressores de ar, motores e geradores elétricos, transformadores elétricos e ladrilhos e placas. As importações do Estado vindas da Colômbia somaram US$ 114,3 milhões no mesmo período.   

 

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