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No Panamá, SC busca ampliação dos negócios na América Central

Missão liderada pela FIESC participou da Expocomer, uma das maiores feiras multissetoriais da região. Grupo também visitou o Canal do Panamá

Florianópolis, 27.3.2017 – Com o objetivo de ampliar o intercâmbio comercial com os países da América Central, a Federação das Indústrias de Santa Catarina (FIESC) participou da Expocomer, uma das maiores feiras multissetoriais da região, realizada na Cidade do Panamá. O grupo, liderado pelo vice-presidente regional da entidade, Álvaro Mendonça, também buscou referências na área de logística, com visita ao Canal do Panamá. A feira contou com 575 expositores de 30 países da América, Europa, Ásia e África, que apresentaram no evento produtos e serviços de setores como alimentos, têxteis, construção, cosméticos, higiene pessoal e tecnologia de ponta. A missão foi realizada de 21 a 26 de março, com o apoio da Confederação Nacional da Indústria (CNI).

“Percebemos que é um País com potencial muito grande e oferece oportunidades nos setores de alimentos, principalmente, embutidos, além de panificação e têxteis de primeira linha. Os portos são todos interligados por ferrovias e têm duas zonas livres que fazem com que o Panamá seja um entreposto entre o Atlântico e o Pacífico”, afirma Mendonça. Ele salienta que outro dado que chamou a atenção foi a renda per capta de US$ 14 mil, valor próximo a do Chile. No entanto, o poder de compra da população deve aumentar, puxado pelo crescimento do PIB, que é de cerca de 6% ao ano.

A delegação também participou de seminário sobre oportunidades de negócios, parcerias e investimentos entre Brasil e Panamá, com a presença do chefe do setor de promoção comercial da Embaixada do Brasil no País, Patrick Malmann. O grupo conheceu ainda o Canal do Panamá. Ele representa 6% da economia local, mas os serviços movimentados em torno dele representam um terço da economia nacional. O País conta com leis e incentivos fiscais para proteger investimentos e possui acordos comerciais com Estados Unidos, Canadá, Cingapura, Coreia do Sul, Chile, México, Peru e El Salvador.

O Canal do Panamá funciona como um atalho marítimo para poupar distância, tempo e custos com o transporte de todo tipo de bens. Tem extensão de 80 quilômetros, interligando os oceanos Atlântico e Pacífico. Conforme informações da Autoridade do Canal do Panamá (ACP), as obras de expansão do Canal, inauguradas em meados de 2016, permitem a passagem de navios maiores, conhecidos como Pós-Panamax e Neo-Panamax (embarcações com até 366 metros de comprimento e 49 metros de largura).

A delegação também visitou o Panamá Pacífico, uma área econômica especial idealizada pelo governo panamenho e parceria com uma empresa britânica, que reúne 230 companhias de setores como logística, marítimo, aviação, manufatura e comércio. Dentre elas destacam-se a 3M, Basf, Bosch, Dell e Avon. O empreendimento se consolidou como um hub para empresas multinacionais e oferece regimes especiais de incentivos fiscais e aduaneiros. A comitiva visitou ainda a Zona Livre de Cólon, um centro de distribuição que tem 2.250 empresas instaladas, como a L’Oréal, Huawei, Bosch e Coca Cola.

Com uma população de 4 milhões de habitantes, o Panamá é considerado um país jovem. Atualmente a taxa de desemprego é de 5%, a inflação é menor que 1 % e o sistema político é considerado estável. É centro financeiro e logístico para América Central e Caribe. No ano passado, teve crescimento de quase 18% em investimentos estrangeiros e possui um plano de investimentos públicos com colaboração da iniciativa privada para os segmentos de energia, abastecimento de água, educação e saúde. Conforme projeções do Fundo Monetário Internacional (FMI), a ampliação do Canal do Panamá deve influenciar na expansão do crescimento do País, que está realizando melhorias no sistema financeiro para atrair mais investimentos também na área de turismo. No campo da educação, está em vigor nas escolas o ensino das línguas inglês e espanhol.

 

 

 

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