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Em fórum do Banco Mundial, Côrte defende investimentos no ensino técnico

Estudo lançado pela instituição mostra que sem investimento consistente na qualificação do trabalhador, a produtividade da indústria será prejudicada

  

Florianópolis, 16.10.2015 – Estudo lançado pelo Banco Mundial nesta sexta-feira (16), em São Paulo, durante seminário promovido pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) sobre educação profissional e o mundo do trabalho, mostra que sem investimento consistente na qualificação do trabalhador, a produtividade da indústria será prejudicada. Em debate sobre o tema, realizado durante o encontro, o presidente da Federação das Indústrias de Santa Catarina (FIESC), Glauco José Côrte, defendeu maiores investimentos no ensino técnico.

Para Côrte, que é vice-presidente do Conselho Temático de Educação da CNI, é necessário desenvolver habilidades socioemocionais. Os trabalhadores das indústrias precisam ter, além do conhecimento técnico, conhecimento de gestão para desempenhar tarefas mais complexas, iniciativa, autonomia, responsabilidade, capacidade de decisão e resolução de problemas, e principalmente, saber trabalhar em equipe. 

O SENAI, por exemplo, constitui comitês técnicos setoriais para contribuir com a identificação e atualização das competências requeridas pelo setor produtivo. Dessa forma, é possível revisar os perfis profissionais e oferecer cursos alinhados às novas demandas da indústria. Durante as formações, os estudantes realizam visitas técnicas e vivenciam situações de aprendizagem com problemas reais da indústria, além de receber incentivo para a realização de estágio.

Uma das soluções apontadas pelo estudo do Banco Mundial para suprir esta lacuna da educação profissional é a adequação de programas que elevem os níveis de empregabilidade no País. Côrte considera fundamental ações como as realizadas pela FIESC e suas entidades (SESI, SENAI e IEL), entre elas o programa Novos Caminhos, promovido em parceria com o Tribunal de Justiça (TJSC) e a Associação dos Magistrados Catarinenses; a Aprendizagem Industrial do SENAI, voltada a jovens de 14 a 23 anos, além de programas de estágio. 

Movimento A Indústria pela Educação - O presidente da FIESC citou ainda ações promovidas por meio do Movimento A Indústria pela Educação, iniciativa que estimula a indústria a investir na qualificação do seu trabalhador e incentiva outros atores a se engajar pela causa. A iniciativa conta com a parceria de diversas instituições que integram o Conselho de Governança, além da participação de representantes dos trabalhadores. A FIESC também concluiu recentemente a implantação de 16 Câmaras Regionais vinculadas às vice-presidências da Federação que contam com integrantes dos mais diversos segmentos da sociedade.

Cinco passos para melhorar a educação profissional no Brasil:

- Alinhar a oferta de cursos de educação profissional tecnológica com a quantidade e a qualidade das habilidades exigidas pelo mercado de trabalho e com as preferências dos alunos.
- Melhorar o sistema de monitoramento e a avaliação, focados na qualidade e na relevância do ensino técnico para o mercado de trabalho.
- Desenvolver um modelo estratégico de orientação de carreira baseado em um sistema de informações sólido para auxiliar na orientação dos estudantes e suas famílias no momento de tomarem decisões relativas à educação e à carreira.
- Elevar a qualidade e relevância da educação profissional a partir de professores mais qualificados.
- Inovar na educação técnica por meio de novas tecnologias educacionais e de baixo custo de infraestrutura.

 

Elida Hack Ruivo
48 3231 4244
48 9176 2505
elida.ruivo@fiesc.com.br

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