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2017 será ano de travessia e preparação do País para 2018, diz Côrte

Em reunião do COMDEFESA, presidente da FIESC fez um panorama da economia, além de debater oportunidades que o setor de defesa brasileiro oferece à indústria

Florianópolis, 20.12.2016 – A retomada do crescimento da economia vai depender muito das reformas que ainda serão encaminhadas pelo governo. Algumas delas já foram encaminhadas, melhoram o ambiente institucional, mas não têm impacto imediato na economia, avaliou o presidente da Federação das Indústrias de Santa Catarina (FIESC), Glauco José Côrte, durante reunião do Comitê da Indústria de Defesa da FIESC (COMDEFESA), nesta terça-feira (20), em Florianópolis. “Trabalhamos com a perspectiva positiva de 0,5% a 1% de crescimento, desde que as reformas realmente avancem. Assim, preparamos o País para 2018. Não se pode esperar nada de grandioso para 2017. Temos que fazer essa travessia de tal forma que se ajuste a economia para um novo ciclo de crescimento”, explicou.

Durante o encontro que reuniu empresários, representantes das Forças Armadas e do Corpo de Bombeiros de Santa Catarina, Côrte, que também preside o COMDEFESA, destacou a importância da aprovação da PEC que limita os gastos públicos, a reforma da previdência e das dez medidas microeconômicas anunciadas no dia 15 último, com destaque para a regularização tributária, a redução de spread e a extinção gradual da multa de 10% sobre o FGTS. Além disso, ele disse que o cadastro positivo, que precisa ser regulamentado, vai influenciar na redução das taxas de juros para os bons pagadores.

O presidente da FIESC também fez um balanço dos principais indicadores da indústria catarinense em 2016 e destacou a queda de 4% na produção e de 10,8% nas vendas do acumulado do ano até outubro. No mesmo período, o índice de atividade econômica, medido pelo Banco Central, mostra que a economia catarinense retraiu 2,5% − este indicador sinaliza o desempenho do PIB. Apesar dos dados negativos, a indústria de transformação do Estado mantém o posto de maior geradora de empregos do Brasil em números absolutos, com 5.146 contratações no acumulado do ano até outubro.

O coordenador do Comitê, Cesar Augusto Olsen, fez um balanço das ações em 2016 para aproximar a indústria das demandas militares. “São demandadores da indústria catarinense e o compromisso do COMDEFESA é fazer essa interface da melhor forma, além de levar o setor industrial a entender como os militares compram”, disse.

O general de Exército da reserva Adhemar Machado Filho destacou que há oportunidades para empresas de pequeno e médio portes e salientou que é preciso ampliar a relação da indústria com as Forças Armadas. “A defesa precisa de tudo. O potencial é grande”, afirmou, citando como exemplo fardamento, roupas, calçados, capacetes, viaturas, ônibus, contêineres, energia e alimentos.

“É fundamental estimular a indústria para se voltar à indústria de defesa”, afirmou o comandante da 14ª Brigada de Infantaria Motorizada, general Sérgio Luiz Tratz, lembrando que o setor de defesa tem importante participação na economia norte-americana.

O comandante-geral do Corpo de Bombeiros de SC, coronel Onir Mocellin, lembrou que a instituição também oferece oportunidades para a indústria. Ele destacou que anualmente há renovação da frota de ambulâncias e caminhões, além da compra de equipamentos para socorro, entre outros produtos. “São R$ 30 milhões só de fundos municipais, sem contar o orçamento estadual. É importante mostrar o potencial”, finalizou.


 

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