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Indústria mira mobilidade compartilhada, conectividade, veículos elétricos e autônomos

Tendências impactarão o setor automotiva em velocidades diferentes, mostra pesquisa da McKinsey, apresentada em reunião na FIESC; mudanças serão transformadoras, incluindo motores que quebram menos e veículos que nunca batem

 
Florianópolis, 7.12.2018 – Quatro tendências baseadas em tecnologia disruptiva para mobilidade estão tomando forma no mundo todo e no Brasil: autonomia, carros elétricos, mobilidade compartilhada e conectividade. Isso é o que mostra pesquisa da McKinsey & Company, apresentada nesta sexta-feira (7), em reunião da Câmara de Desenvolvimento da Indústria Automotiva da FIESC. O estudo realizado este ano sobre o mercado de reposição automotivo ouviu 20 especialistas nos EUA, Europa, Ásia e Brasil, além de 750 proprietários de veículos.

O levantamento mostra que o uso das plataformas online, como WhatsApp, aplicativos móveis e e-commerce, é crescente no Brasil. “É uma grande variedade de preços e produtos oferecidos pelo comércio eletrônico, mas é preciso atuar com cuidado nesse segmento”, alertou Bernardo Ferreira, da McKinsey & Company. Grupos de compra já fazem parte do cenário do mercado de reposição na Europa e estão entrando no Brasil. “É apenas uma questão de tempo até que os grupos de compras comecem a atacar o mercado brasileiro, com o mesmo modelo de negócio de outras regiões”, comentou. 

O presidente da FIESC, Mario Cezar de Aguiar, afirmou que a economia do país vem reagindo, acompanhada por um importante aumento da confiança do empresário. “Temos indústrias investindo e já se preparando para atender esse crescimento do mercado automotivo, seja no Brasil ou no mundo. Projeções indicam que nosso país deve retomar os volumes de produção pré-crise em 2022”, disse.

Aguiar lembrou que o complexo metalmecânico e automotivo de Santa Catarina é forte e está crescendo, puxado pelas boas perspectivas nacionais e mundiais do setor. “Em nosso estado, essa cadeia produtiva é consolidada nos segmentos de produtos de metal, metalurgia e máquinas e equipamentos, que estão diretamente correlacionadas com o setor de automóveis”, afirmou. “As projeções indicam crescimento da indústria automobilística nos próximos anos em diversos países, entre eles podemos destacar Índia, Argentina e o próprio Brasil. Isso significa que temos a oportunidade de ampliar nossa inserção nesses mercados, assim como investir mais e gerar mais empregos”, completou.

O presidente do Sindipeças, Dan Ioschpe, ressaltou o bom desempenho do setor de autopeças no país, que gera 174,5 mil postos de trabalho. As importações neste segmento no Brasil ainda superam as exportações (-U$S 6,01 bilhões). “A solução estrutural aqui é pesquisa, desenvolvimento e inovação. Precisamos acelerar o ciclo de entrada de autopeças produzidas no Brasil em um novo veículo ou produto. Precisamos ser mais competitivos e com viés forte em inovação”, analisa, destacando que expectativa é encerrar o ano com 3 milhões de veículos produzidos, 10% a mais do que em 2017.  

Yuri Caldeira, gerente de internacionalização da FIESC, falou sobre a inserção das indústrias em novos mercados, destacando a multiplicação de canais, alianças geoestratégicas, aproximação geopolítica, entre outros fatores. O presidente da Câmara Automotiva, Hugo Ferreira, salientou o bom desempenho do setor em Santa Catarina, que aumentou as exportações em 44% desde 2015. “As exportações do setor de autopeças registraram alta de quase 8% este ano. Santa Catarina é o único estado com saldo positivo na balança comercial”, frisou.

Devas Gusmão, gerente de compras da LS Mtron, apresentou os negócios da empresa coreana de máquinas agrícolas que fabrica tratores desde 1977. A companhia possui fábrica em Santa Catarina e na China, além de um escritório de vendas nos Estados Unidos, e fornece tratores para mais de 40 países.


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