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Rodovias estaduais têm aporte de R$ 93,9 mi, mas carecem de conservação corretiva e manutenção preventiva

Valor é relativo ao período 2016 a 2018, mostra levantamento feito pela FIESC no portal www.transparencia.sc.gov.br. Recursos foram aplicados em serviços como manutenção, conservação, roçadas e limpeza, tapa-buracos, restauração e revestimento. Dados foram apresentados em reunião da Câmara de Assuntos de Transporte e Logística da FIESC

Florianópolis, 26.9.2018 – Apesar de terem recebido investimento de R$ 93,9 milhões de 2016 a 2018, boa parte das rodovias estaduais catarinenses carecem de manutenção estrutural e rotineira, que garanta fluidez do trânsito e segurança aos motoristas. As informações integram levantamento feito pelo engenheiro Ricardo Saporiti para a Federação das Indústrias de Santa Catarina (FIESC) com base em contratos firmados pelas superintendências do Deinfra e as Agências de Desenvolvimento Regional (ADRs), no triênio, para realização de serviços de limpeza, conservação, sinalização, roçadas, tapa-buracos, restauração de pistas e revestimento primário. Os dados, extraídos do portal www.transparencia.sc.gov.br, foram apresentados em reunião da Câmara de Assuntos de Transporte e Logística da Federação, nesta quarta-feira (26), em Florianópolis. Clique aqui e veja os dados completos

Apesar do aporte de recursos, levantamento feito “in loco” em aproximadamente 37% da malha rodoviária estadual revela que por falta de conservação e manutenção, há diversas estradas apresentando afundamentos, desagregação e recalques do pavimento, buracos no revestimento asfáltico, trilha de roda na capa asfáltica, trincamento do pavimento e sinalização precária. 

O presidente da FIESC, Mario Cezar de Aguiar, salienta que os estudos realizados pela entidade têm o objetivo de fornecer subsídios para sensibilizar o governo e as lideranças políticas para a necessidade alocação de recursos para a execução das imprescindíveis obras e serviços de manutenção e conservação rotineira na malha estadual. “A FIESC sempre defendeu a manutenção preventiva das rodovias para evitar a necessidade das chamadas operações tapa-buracos”, diz. Ele também observou que estudos técnicos mostram que para cada US$ 1 que deixa de ser aplicado em manutenção corretiva e conservação de rodovias, serão necessários de US$ 3 a US$ 4 de investimento na restauração. 

Ponderando-se que os 8,3 mil quilômetros da malha rodoviária estadual tenham um valor patrimonial estimado em R$ 20 bilhões, deduz-se que o estado catarinense investiu nos últimos dois anos e meio somente o montante médio anual de 0,20 % do valor patrimonial em conservação corretiva e manutenção preventiva e periódica das estradas, destaca o estudo. “O valor é significativamente reduzido para manter o patrimônio, acarretando, dessa forma, a exigência de se aplicar valores elevados para realização de obras e serviços de recuperação da base, drenagens profundas, fresagens, capa asfáltica, acostamentos e sinalizações com o objetivo de revitalizar a malha rodoviária, como está ocorrendo atualmente”, avalia Saporiti.

Porto de São Francisco: durante a reunião, o presidente do Porto de São Francisco do Sul, Luiz Henrique Furtado, disse que a perspectiva é dobrar a movimentação de cargas até 2030. Segundo ele, essa previsão refere-se ao complexo formado por São Francisco e Itapoá. “Temos trabalhado para melhorar as condições e em junho do ano que vem o porto vai dar um salto de dez anos”, afirmou Furtado, observando isso se deve às obras em curso.

Furtado destacou ainda que há uma série de investimentos previstos para os próximos anos para atender as mudanças do segmento portuário mundial. Entre eles estão: dragagem e manutenção do canal interno, externo e bacia de evolução, dragagem de aprofundamento, derrocagem de rocha do berço 101 e canal de acesso interno, estudo de profundidade continuada, pavimentação de pátios e vias internas, construção de armazém e aquisição de equipamentos para operações portuárias. “Os portos estão cada vez mais competitivos. Nossa tarefa é de muita responsabilidade como gestor. Os navios foram aumentando de tamanho e para receber esse tipo de embarcação é necessário fazer um aprofundamento do canal”, concluiu.
 

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