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Obras de ampliação da BR-163 no Oeste estão abandonadas, mostra estudo da FIESC

Levantamento foi apresentado na noite desta segunda-feira (18) a lideranças de São Miguel do Oeste e região. Trabalho avaliou a situação de 62,1 quilômetros do trecho que vai de São Miguel a Dionísio Cerqueira

Clique aqui e assista ao vídeo que mostra a situação da BR-163

Clique aqui e assista à reportagem sobre a ponte Peperi-Guaçu, que aguarda desde 1994 implantação de estrutura aduaneira

São Miguel do Oeste, 18.6.2018 – Estudo da Federação das Indústrias de Santa Catarina (FIESC) mostra que as obras de ampliação de capacidade e restauração da BR-163 na região Oeste de Santa Catarina estão abandonadas. O levantamento avaliou a situação dos 62,1 quilômetros do segmento entre o entroncamento da BR-282 em São Miguel do Oeste e o entroncamento da BR-280 na divisa com o Paraná, além do acesso ao ponto de fronteira alfandegado, em Dionísio Cerqueira. O trabalho, realizado pelo engenheiro Ricardo Saporiti, foi apresentado a lideranças empresariais e políticas de São Miguel do Oeste e região, na noite desta segunda-feira (18).

O presidente da FIESC, Glauco José Côrte, destacou o esforço da entidade junto ao governo federal para a retomada dos investimentos, especialmente em obras de infraestrutura, como é o caso da BR-163. “Estamos diante de um fato concreto: o governo está com poucos recursos disponíveis para investimentos. Então, estamos insistindo tanto com o governo estadual quanto com o federal no sentido de se iniciar um processo de parceria público-privada, atraindo a iniciativa privada para investir em infraestrutura. O maior problema que temos no Oeste são as condições de infraestrutura”, afirmou, salientando que a indústria da região é atualizada em competitiva, mas os gargalos logísticos elevam o custo de escoamento dos produtos para os grandes centros consumidores.

O primeiro vice-presidente da FIESC, Mario Cezar de Aguiar, salientou que a infraestrutura é fator determinante para o desenvolvimento da região. “Fizemos o estudo de todo o trecho da BR-163 e apresentamos à sociedade local demonstrando as condições precárias da rodovia. O objetivo é sensibilizar as autoridades. A rodovia escoa boa parte da produção e recebe insumos que abastecem o agronegócio. Cabe à sociedade organizada fazer com que as autoridades possam atender à essa demanda. Não é um favor para Santa Catarina. É um direito que Santa Catariana tem”, declarou ele, que também preside a Câmara de Assuntos de Transporte e Logística da entidade.

Durante o encontro, que também reuniu representantes de sindicatos industriais de segmentos como construção civil, alimentação, vestuário, metalmecânico e gráfico, o vice-presidente regional da FIESC, Astor Kist, lembrou que a rodovia conecta o oeste catarinense com o centro-oeste do país. “É por onde levamos máquinas e trazemos os grãos para nossa região. Apesar da sua importância, a rodovia está abandonada”, resumiu.

As obras de adequação para a ampliação de capacidade e restauração da rodovia BR-163 foram contratadas pelo DNIT em maio de 2013 com prazo de conclusão para maio de 2015. O levantamento revela que a execução das obras do contrato firmado estava em ritmo muito lento nos últimos quatro anos e, atualmente, encontra-se em fase de rescisão. Estima-se que foram executados 36% das obras de terraplenagem e pavimentação contratadas e, com a paralisação, constatou-se a deterioração do trabalho realizado, acarretando prejuízos à segurança e à trafegabilidade. Somente no subtrecho entre o entroncamento da BR-282 (São Miguel do Oeste) e Guaraciaba ocorreram, no ano passado, 40 acidentes com vítimas num trecho com 12 quilômetros de extensão. Além disso, entre São Miguel do Oeste e o entroncamento com a BR-280/PR existem aproximadamente 120 imóveis cadastrados e ainda não indenizados, com um custo estimado de aproximadamente R$ 16 milhões.

O trabalho da FIESC mostra ainda que grande parte da extensão do segmento necessita de obras emergenciais para a recomposição do pavimento. Outro precisa de reparos superficiais e outros trechos precisam de melhorias profundas para corrigir afundamentos e deformações plásticas do pavimento, flechas acentuadas nas trilhas de roda e desníveis entre a faixa de tráfego e laterais. A rodovia também necessita da execução de roçadas, implantação de sinalizações horizontais e verticais, conservação corretiva rotineira e preventiva periódica. O trabalho também aponta que em boa parte do trecho avaliado não há acostamento e os espaços disponíveis estão deteriorados ou têm largura insuficiente para a parada emergencial de veículos.

Ponte Peperi-Guaçu: Ainda em São Miguel, foi apresentado vídeo que mostra a ponte sobre o rio Peperi-Guaçu, que liga o município de Paraíso, no extremo-oeste, à província de Misiones, na Argentina. A obra foi construída por empresários em 1994, mas aguarda a implantação de estrutura aduaneira para legalizar a passagem cargas e turistas.

Indústria News

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