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Opinião: Chega de mão de obra!, por Glauco José Côrte

Confira artigo do presidente da FIESC publicado nos jornais Diário Catarinense e A Notícia neste final de semana (16 e 17 de junho).

Como sabemos, o mundo vive uma época de avanços tecnológicos impressionantes, que estão impactando e modificando o nosso estilo de vida e transformando completamente o chamado mundo do trabalho. Segundo o Fórum Econômico Mundial (2016), 30% dos empregos atuais não existiam dez anos atrás e 65% das crianças que se encontram nos primeiros anos de escola trabalharão em ocupações que ainda não existem. Isso significa que muitas das atuais atividades deixarão de existir e outras serão criadas. E não estamos distantes desse futuro. Em artigo recente, Paolo Gallo, conselheiro sênior do Fórum, citou estudo da consultoria McKinsey, segundo o qual 56% dos novos postos de trabalho são para realizar funções recém-criadas.

O mesmo consultor alertou para um erro usual de avaliação: a de que apenas trabalhos manuais e de baixa remuneração (trabalhos administrativos, por exemplo) seriam eliminados. Acontece que o advento da inteligência artificial e a automação colocam em risco também atividades de alta qualificação. É o caso, por exemplo, dos analistas financeiros, cujos trabalhos em boa parte dos bancos americanos de investimento já estão sendo realizados por algoritmos.

A questão que se coloca é esta: como preparar crianças e jovens para ocupações que não sabemos quais serão? Quais são as competências necessárias no futuro? Uma coisa é certa: não é com práticas ultrapassadas que construiremos um projeto viável para a sua inserção no mundo do trabalho. Ao lado de suas competências técnicas, os jovens precisarão ser capazes de, pelo menos: avaliar uma situação sob diferentes perspectivas, desenvolver alternativas criativas, relacionar-se, negociar, ter bom senso, tomar decisões e resolver problemas complexos.

São jovens providos de forte qualificação multidisciplinar e inteligência emocional. Risquemos, assim, do dicionário, a expressão “mão de obra”, incompatível com a formação do novo profissional do trabalho, para os quais  sempre haverá trabalho!

Indústria News

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