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Na FIESC, governador garante passagem de comboio com carga viva e ração

Pinho Moreira participou da reunião de diretoria da entidade, nesta sexta-feira (25). Liminar obtida pela FIESC garante a todas as empresas associadas aos sindicatos filiados livre trânsito nas rodovias federais que cortam SC

Clique aqui e veja a cobertura fotográfica completa no Flickr da FIESC

Florianópolis, 25.5.2018
O governador de Santa Catarina, Eduardo Pinho Moreira, informou que a Polícia Militar está mobilizada e à disposição para garantir a passagem de comboios de caminhões, especialmente aqueles que estão transportando cargas vivas e ração para a agroindústria. A informação foi dada na manhã desta sexta-feira (25), em Florianópolis, durante reunião de diretoria da Federação das Indústrias de Santa Catarina (FIESC). “A Polícia Militar está toda mobilizada. Todas as nossas viaturas estão abastecidas para garantir o transporte. Então, vamos garantir a passagem de carga viva e manutenção dos animais vivos. Isso já foi definido agora de manhã”, declarou. Na tarde desta quinta-feira (24), a Justiça Federal concedeu liminar em ação impetrada pela FIESC que garante a todas as empresas associadas aos sindicatos filiados livre trânsito nas rodovias federais que cortam Santa Catarina. Clique aqui e veja a íntegra do despacho.

O presidente da FIESC, Glauco José Côrte, ressaltou que a entidade tem recebido muitas manifestações de todo o setor industrial. "Vamos continuar vigilantes e atuantes. A greve afeta toda a economia. Estamos com muitas indústrias que têm exportação sem poder cumprir os prazos. O comprador internacional não quer saber se tem greve ou não. O descumprimento do prazo acaba resultando em ônus adicional para os produtores, como multas, além da credibilidade que é afetada. E a questão da agroindústria é dramática”, afirmou.

Pinho Moreira disse ainda que o gabinete de crise do governo tem acompanhado a situação no Estado e que o grupo de inteligência da Secretaria de Segurança Pública está buscando contato com os líderes do movimento, mas que há dificuldade pois é um movimento difuso, o que dificulta as negociações. “Estamos com cartazes nos caminhões e distribuindo panfletos mostrando a importância de deixar passar animais vivos e a ração para alimentá-los porque isso significa crueldade animal”, disse, lembrando que em Videira, nesta quinta-feira, já foi escoltado comboio com 31 caminhões. “Estamos atendendo as solicitações, não individualmente, mas em comboios, por razões óbvias de condições de atendimento”, declarou o governador. “Todas as equipes estão à disposição de solicitações. Estávamos com a primeira carga de exportação de carne suína para a Coreia do Sul. Foi uma luta histórica para conseguir e agora atrapalhada por essa situação”, lamentou.

Ainda na reunião, o governador lamentou a rejeição da Medida Provisória 220, que equalizava situação tributária da indústria catarinense à de outros Estados, derrubada em plenário da Assembleia Legislativa, no dia 8 de maio. “Vou enfrentar de forma muito forte para que todos tenham os mesmos direitos e os mesmos deveres”, declarou, informando que voltará à FIESC junto com o secretário da Fazenda, Paulo Eli, para abordar o assunto, assim como a situação financeira do Estado.

Côrte, da FIESC, ressaltou que desde o início, a entidade se manifestou favorável. “De uma certa forma, estranhamos que, pela primeira vez, uma redução de tributo suscitou tanta polêmica. Sempre fomos contra o aumento da carga tributária. Na hora que o governo toma a iniciativa de reduzir, há uma reação. Paraná, Rio Grande do Sul e São Paulo já têm. Se tratava até de equalizar em relação a outros Estados que concorrem conosco, valorizando a indústria, porque as vendas do setor teriam uma redução de 17% para 12%. Criou-se uma polêmica, na nossa avaliação, mais política do que realmente em relação ao mérito da medida", disse.

 

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