Florianópolis, 19.4.2018 – As micro, pequenas e médias empresas brasileiras em geral não estão preparadas para o e-Social, avalia a especialista em engenharia de segurança no trabalho do SESI/SC Migliane Réus de Mello. Na reunião da Câmara de Relações Trabalhistas da FIESC, nesta quinta (19), ela observou que as empresas cujo faturamento em 2016 não tenha ultrapassado R$ 78 milhões têm, a partir de julho, até setembro para inserir dados dos trabalhadores e até novembro para inserir a folha de pagamento.
O presidente da Câmara de Relações Trabalhistas da FIESC, Durval Marcatto Júnior, enfatizou o enorme volume de informações que precisam ser prestadas. “São 45 eventos a serem informados e cerca de 2,7 mil campos de informações, dos quais a maior parcela é multiplicada pelo número de trabalhadores. É uma massa enorme de informações a serem tratadas e informadas”, disse.
“Os empresários muitas vezes deixam essas questões na mão do contador, mas devem estar atentos a essa migração”, afirmou Migliane, lembrando que o e-Social simplifica os procedimentos legais das empresas ao unificar uma série de informações e recolhimentos de tributos, taxas e contribuições – FGTS, previdência, imposto de renda, RAIS, entre outros.
Para adequação às exigências, o cronograma de implantação do e-Social previu um ano para empresas de grande porte e um semestre para as menores, encerrando-se, nos dois casos, com a inserção de dados de saúde e segurança do trabalhador, em janeiro de 2019. Conforme Migliane, as grandes empresas tiveram dificuldades na transição de dados, o que deve se repetir com o contingente que inicia o processo em julho. A reunião contou com a presença do presidente em exercício da FIESC, Mario Cezar de Aguiar.
Assessoria de Imprensa
Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina
