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Embaixadora destaca potencial de cooperação entre Emirados Árabes e SC

Hafsa Al Ulama participou de encontro de negócios na FIESC, nesta terça-feira (3), em Florianópolis

Florianópolis, 3.4.2018 – O potencial de cooperação entre os Emirados Árabes Unidos e Santa Catarina é imenso e deve ser incentivado, afirmou a embaixadora do País árabe no Brasil, Hafsa Al Ulama, durante seminário promovido pela Federação das Indústrias de Santa Catarina (FIESC), nesta terça-feira (3), em Florianópolis. “Os Emirados Árabes Unidos e o Brasil vêm desenvolvendo uma parceria estratégica e a visita da nossa comitiva a Santa Catarina é uma evidência disso. Assim, espero que esse evento marque o começo de um relacionamento bilateral de muitos acertos”, completou.

O presidente da FIESC, Glauco José Côrte, apresentou um panorama do comércio exterior e informou que no ano passado as exportações catarinenses de carne de aves totalizaram US$ 1,5 bilhão. “Isso mostra a importância desse produto na nossa pauta de exportação. Um dos parceiros para os quais exportamos, os Emirados Árabes, responderam por 6% das nossas vendas, representando o quarto destino das exportações de carne de aves. Como sabemos, os Emirados são bastante exigentes em relação às compras e o fato de termos uma boa exportação para lá atesta o atendimento às exigências e a qualidade dos nossos produtos”, declarou.

Côrte lembrou que a relação catarinense com os Emirados Árabes está acima da média brasileira – 9% dos produtos que o País árabe compra do Brasil provêm de Santa Catarina. “Temos bons resultados, mas sabemos que ainda há espaço para crescer em ambos os lados, ampliando essa parceria”, completou. Em 2017, Santa Catarina exportou US$ 140,8 milhões para os Emirados. Os principais produtos embarcados foram carnes suína e de aves, madeira, motores e geradores elétricos. As importações catarinenses vindas do país árabe totalizaram US$ 10,1 milhões no período. Os principais produtos comprados foram adubos fertilizantes, enxofre, óleos de petróleo e polímeros de etileno.

Os Emirados Árabes são formados pela união de sete pequenos Estados e têm 46 anos de fundação. “Há 45 anos o Brasil e os Emirados iniciaram o relacionamento diplomático, que passou transformações. Mas a proximidade entre os dois países foi se consolidando. Foi um período também em que Santa Catarina firmou sua posição e a participação no comércio exterior. Somos hoje o oitavo maior Estado exportador e o segundo maior importador em razão do complexo portuário moderno que temos aqui”, disse Côrte.

A embaixadora também destacou o papel da educação no desenvolvimento do País e informou que em 1971, quando se formaram os Emirados, o nível de analfabetismo era de 90%. O Sheikh Zayed, fundador do País, se concentrou especialmente na educação das mulheres. “Ele estava convencido que o País não podia se desenvolver sem mulheres alfabetizadas. Houve um esforço nacional para a erradicação do analfabetismo. Todo mundo se envolveu nessa campanha maciça de alfabetização e isso fez a diferença”, declarou.

Hafsa ressaltou que muitas pessoas dizem que os Emirados são desenvolvidos por causa do petróleo. Na opinião dela, dinheiro que chega fácil vai fácil se não aplicado de maneira correta, especialmente na educação. Ela também lembrou que o progresso depende de estabilidade política, que é importante para o investimento. Côrte, da FIESC, reforçou que a educação vai ajudar o Brasil a se desenvolver com mais equidade.

No encontro, o vice-presidente da Dubai Exports, Mohammed Kamali, destacou a qualidade do sistema de educação dos Emirados e disse que há um programa para ajudar startups e universidades a levar conhecimento às empresas. “Queremos os conhecimentos dos jovens para criar o futuro. Temos que trabalhar para os próximos dez anos, criando disrupção”, disse, salientando que há espaço tanto para o Brasil quanto para os Emirados crescer em novos negócios. “Vimos a balança comercial. Temos números baixinhos ainda”, afirmou, lembrando que os Emirados está no centro de um mercado enorme.

O diretor de desenvolvimento institucional e industrial da FIESC, Carlos Henrique Ramos Fonseca, apresentou um perfil da indústria catarinense, que é considerada a mais diversificada do País, e os principais indicadores de desempenho do setor e da economia do Estado. Também realizaram apresentações o diretor-chefe da Dubai Chamber Brasil, João Paulo Paixão, além de representantes da INVESTE-SC, Sebrae-SC, Emirates e Dubai Foreign Direct Investment.

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