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Seminário destaca novas estratégias para o ensino fundamental

Educação maker e cinema estão entre as atividades que ajudam a desenvolver competências necessárias para o mundo do trabalho

Florianópolis, 18.7.2018 – O SESI de Rio do Sul, entidade da FIESC, sediou nesta terça e quarta-feira, 17 e 18 de julho, o Seminário Estadual de Ensino Fundamental. O evento contou com a presença de cerca de 150 educadores vindos de diferentes regiões de Santa Catarina. A programação iniciou com explicações da doutora em Educação, Cássia Ferri, sobre como articular o projeto educativo da escola com a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), homologada em 2017. “É regulatório, é lei. Mas a escola não precisa e não deve se restringir ao que está determinado nela”, argumentou. Segundo Cássia, a vantagem da BNCC é a lógica em espiral, com conhecimentos construídos em etapas, evitando a repetição de conteúdos no percurso formativo dos indivíduos. “O conhecimento escolar não forma para o futuro, pois os conhecimentos evoluem rapidamente. Ele desenvolve habilidades cognitivas, que nos permitem aprender sempre. A escola ensina a pensar”, concluiu.

O público assistiu ainda à apresentação de Luiza Lins, diretora geral da Mostra de Cinema Infantil de Florianópolis, sobre a importância do cinema na formação cultural dos alunos. “Crianças são espontâneas, sem preconceitos e ficam encantadas com o conteúdo do cinema, com a diversidade de culturas”, comentou ela sobre a mostra. Apesar de já existir a lei 13006, que obriga a exibição de duas horas de filme por mês nas escolas, Luiza alerta que faltam atividades culturais infantis e divulgação de filmes nacionais e, que há uma supervalorização de conteúdo norte americano. “Não podemos permitir a formação cultural só com o que está disponível no mercado. Precisamos fortalecer a identidade brasileira, que é incrivelmente diversificada. Isso ajudará a formar pessoas mais críticas e que respeitam as diferenças”, enfatizou. 

No segundo dia o público conheceu o fundador do MundoMaker, Fábio Zsigmond e os exemplos que ele trouxe sobre formas de ensino que usam a tecnologia aliada à vontade de fazer diferente. “O Maker é uma das ferramentas no percurso do aprendizado. Mas ele não precisa de muita estrutura física. O principal é a criatividade, é não se limitar ao currículo, é mudar o olhar, pensar no aluno, perceber o que ele deseja, para depois montar a melhor forma de ensinar”, orientou. O Maker, disse Fábio, tem como base filosofias como a educação integral, o construcionismo, a aprendizagem criativa e o design thinking, por exemplo. “A metodologia Maker traz a prática antes da teoria. Não dá respostas prontas. Devolve as questões para instigar a reflexão. Os resultados são o desenvolvimento do pensamento crítico, a cooperação, planejamento, criatividade, comunicação, autonomia, entre outras competências”, concluiu.

O seminário terminou com a fala da doutora em psicologia escolar, da UNESP, Luciene Tognetta, sobre a convivência ética na escola, tema reconhecido em avaliações mundiais como indispensável no currículo. Ela mostrou possibilidades para inserir o assunto no cotidiano e como as psicologias podem auxiliar na formação moral dos estudantes. “Esqueçam essa história de que se educa em casa e se ensina na escola. Família também ensina e escola também educa. A diferença é que em casa a convivência é íntima e na escola é social. Precisamos educar na escola para essa convivência pública”, ressaltou.  

Segundo a coordenadora de Educação do SESI, Maria Tereza Paulo Hermes Cobra, o objetivo do encontro, de promover uma discussão sobre o processo educacional, foi alcançado. “A Base Nacional Comum Curricular é um desafio para todas as redes, em todo Brasil. Trouxemos a percepção de que é possível promover uma educação diferenciada. Mostrando inclusive, que a arte tem uma dimensão educadora transformadora”, afirmou.
 “Foi uma oportunidade única para discutir os novos rumos da educação, seus desafios e possibilidades, assim como um momento de reflexão e de compartilhar experiências”, ressaltou a diretora do SESI no Alto Vale, Irene Colaço Westphal.

Com informações de Debora Claudio.
 
Assessoria de Imprensa
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