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Opinião: O Oeste não pode mais esperar, por Glauco José Côrte

Confira artigo do presidente da FIESC publicado nos jornais Diário Catarinense e A Notícia nesta quarta (8).

O Oeste de Santa Catarina precisa ampliar e modernizar a sua malha de transporte para escoar a riqueza gerada na região por caminhos seguros e menos onerosos, e assim manter a competitividade da produção agroindustrial. Muitas variáveis ameaçam a produção de aves e suínos, como por exemplo, a do preço do milho, que somada às medidas protecionistas de países importadores, pode resultar em danos irreversíveis. 

Uma logística competitiva é um instrumento eficaz para amenizar estas ameaças. De acordo com o World Economic Forum, o Brasil ocupa a octogésima colocação no ranking da competitividade. Junto com a infraestrutura, este é um grande desafio que passa também pela educação de qualidade e a modernização de nossa legislação.

É necessário estimular a participação privada para compensar a falta de recursos financeiros do governo e reconhecer que gestões públicas mais eficientes são decisivas para reparar as deficiências da infraestrutura. Além da falta de recursos e de vontade do governo federal, disputas políticas e burocracia ambiental dentre outros impedimentos, dificultam a construção de um sistema viário que permita a diversificação da matriz de transporte e viabilize nossos projetos ferroviários, por exemplo.

Isso afeta também os pequenos produtores, que alimentam a cadeia produtiva. Os três estados do Sul respondem por 60% da produção de frangos no Brasil, segundo dados da EPAGRI. A região Oeste concentra 80% da produção de todo o Estado e conta com grande universo de empresas de natureza familiar. Assegurar uma logística que permita o suprimento competitivo do milho é medida que não pode mais esperar. O governo precisa viabilizar a atração de investimentos privados, antes que a economia dessa importante região sofra prejuízos irreparáveis. Seria o início da solução de um problema secular, que coloca em risco nossa agroindústria, um patrimônio não só de Santa Catarina, mas do Brasil. Este é um compromisso a ser assumido pelo futuro governador do Estado.

Indústria News

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