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Em Joinville, FIESC propõe saúde no centro da agenda do empresário

Tema foi debatido nesta terça-feira (18) em workshop promovido pela Aliança Saúde Competitividade

Joinville, 18.04.2017 – “O Brasil gasta 9% do PIB em saúde, mas tem resultados piores se comparado a países que têm um custo proporcionalmente semelhante”, destacou o presidente da FIESC, Glauco José Côrte, enfatizando estudo conduzido pelo Instituto Coalizão Saúde em parceria com o Instituto Mckinsey, nesta terça-feira (18), em Joinville, durante abertura do Workshop Aliança Saúde Competitividade. Côrte apontou ainda que, segundo o levantamento, os gastos com saúde no Brasil poderão atingir entre 20% e 25% do PIB em 2030. O Workshop Aliança Saúde Competitividade, que é promovido pela FIESC, por meio do SESI, e é uma iniciativa da Aliança Saúde Competitividade, objetiva consolidar e priorizar as necessidades das indústrias relacionadas ao tema.

Conforme Côrte, a elevação dos gastos, tanto das empresas quanto do governo, são apenas um dos desafios que conectam as questões ligadas à saúde com a competitividade. “O envelhecimento da população; a perda de produtividade; o crescimento das doenças crônicas e infecciosas; e impactos negativos na saúde física, emocional e social dos trabalhadores gerados por hábitos de vida não saudáveis precisam receber maior atenção”, defendeu referindo-se aos gestores das empresas e do setor público e acrescentando que estes são pontos centrais na agenda da Aliança.

A diretora executiva do Instituto Coalizão Saúde (ICOS), Denise Elói, proferiu palestra sobre tendências e desafios para a saúde no Brasil. “Há uma necessidade de estimular a mudança cultural para o foco em promoção da saúde através de maior educação da população e atuação do empregador”, afirmou. De acordo com Denise, e? necessária uma mudança cultural para estimular os cidadãos a se tornarem responsáveis pela própria saúde. A mudança envolve ações como ter referências para a promoção do tema, como por exemplo, dentro das empresas, onde os adultos passam a maior parte do seu tempo; compreensão da importância do cuidado com a saúde, um processo que deve ser iniciado em cada pessoa desde a escola; ter incentivos financeiros ou não financeiros na mobilização de cidadãos, oferecidos pelas operadoras de planos de sau?de privados ou por parceiros do governo; e ter plataformas acessíveis de conhecimento e informações sobre o tema. 

S
egundo a diretora executiva do ICOS, há quatro alavancas principais para expandir ações de promoção e prevenção, dentre elas, a integração de dados do paciente e identificação de perfis de risco. “Sem ferramentas que possam apontar para a leitura adequada, os esforços não são recompensados”, disse, explicando ainda que incentivos financeiros e não financeiros pelo cuidado com a saúde geram benefícios mútuos, representando 20% a 30% menores custos por paciente. “Programas que utilizam enfermeiros e médicos da família podem diminuir a taxa de mortalidade de alguns grupos de risco em até 70% e campanhas com uso de dados e técnicas de reforço positivo podem ser até 20% mais efetivas”, concluiu Denise.

Na sequência, foi realizada a apresentação do case da Tupy sobre a promoção da saúde e segurança do trabalhador, com o presidente da empresa, Luiz Tarquínio Sardinha Ferro. Ele mostrou a estratégia da companhia para, a custos compatíveis com as necessidades da gestão, levar serviços de saúde de qualidade para seus profissionais. “Temos no Brasil um problema gravíssimo de competitividade nas empresas brasileiras por conta da ineficácia do sistema de saúde público”, apontou Tarquínio, acrescentando que é urgente a intervenção no setor e a criação de um bom ambiente econômico.

De acordo com o superintendente do SESI/SC, Fabrizio Machado Pereira, com o envelhecimento da população, os desafios das organizações serão ainda maiores para manter seguros e saudáveis os seus trabalhadores.

A questão da segurança nos ambientes de trabalho também é um desafio a ser superado. Precisamos enxergar a promoção da saúde e segurança por outro viés e priorizá-las nas mais diferentes agendas, desde a pessoal, como também a empresarial e governamental”, afirmou Pereira.

O vice-presidente da FIESC para a região Norte-Nordeste, Evair Oenning, destacou a atuação de Joinville no setor industrial. “Joinville é o maior e o mais industrializado município de Santa Catarina, e como motor econômico do Estado temos a importante responsabilidade de promover ambientes de trabalho seguros e saudáveis para os trabalhadores da indústria”, afirmou.

Os participantes responderam a uma pesquisa online, que prioriza ações voltadas à promoção da saúde e segurança do trabalhador. Após a identificação dos desafios na área, será elaborado um plano de ação para a mobilização da região a favor da causa.

Aliança Saúde Competitividade

A Aliança Saúde Competitividade, iniciativa da FIESC, visa ao engajamento e a participação de lideranças empresariais, acadêmicas, políticas e da sociedade na promoção da saúde e ambientes seguros para o trabalho, com ações de sensibilização e mobilização, além de reposicionar o tema como um dos fatores estratégicos para a competitividade da indústria. Instituições públicas como o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), o Ministério Público do Trabalho em SC, Superintendência do Trabalho e Emprego em SC e Tribunal Regional do Trabalho, e federações de trabalhadores (FETIAESC, FETICOM, FETIMMMESC, FITIEC e FETIGESC) apoiam a Aliança.

A iniciativa disponibiliza conhecimento sobre cenários e tendências de saúde e segurança, e seus impactos para a competitividade das organizações. A Aliança Saúde Competitividade oferece ainda, por meio dos serviços das entidades da FIESC, o desenvolvimento e gestão de ambientes e comportamentos seguros e saudáveis na promoção da saúde integral. O workshop ainda deve ocorrer em Blumenau e Florianópolis até o final do primeiro semestre. Acesse o site www.aliancasc.org.br




 

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