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Em Chapecó, cientista político destaca estabilidade econômica para o retorno do crescimento

Doutor em ciência política, Rafael Cortez, ministrou palestra na noite desta quinta-feira (25), durante evento promovido pela FIESC, com o apoio da Unoesc

Chapecó, 26.10.2018 - Reconstruir a estabilidade econômica do Brasil é um dos desafios do próximo governo federal. O assunto foi analisado na noite desta quinta-feira (25), em Chapecó, pelo doutor em ciência política Rafael Cortez, que ministrou a palestra “O que vai ser do Brasil? Política e economia no próximo mandato”. A iniciativa foi promovida pela Federação das Indústrias de Santa Catarina (FIESC), com apoio da Unoesc Chapecó, e integrou a programação da gestão itinerante que a FIESC implementou nesta semana no Oeste.

De acordo com Cortez, a política ganhou uma dimensão muito maior. “O brasileiro percebeu a importância do processo político que começa desde a economia e reflete no nosso dia a dia. Vivemos agora o último capítulo de uma longa história que começou em 2013 com a crise e os protestos sociais que emergiram de maneira inédita no País. Podemos analisar esse longo período como uma tentativa do mundo político de se reconstruir para conseguir fazer frente aos desafios econômicos”, disse.
O grande desafio da política é, a partir das eleições deste ano, saber se será reconstruída a estabilidade para o retorno do crescimento econômico. Para o especialista, o Brasil é um sistema difícil, com dois partidos polarizados. “Jair Bolsonaro tem favoritismo nas pesquisas e, caso seja eleito, o PSL terá que liderar um amplo bloco de partidos para chegar aos 60% de apoio na Câmara e no Senado, necessário para aprovação de qualquer reforma constitucional”, avalia. Para aprovação de emenda constitucional é necessário aprovação de três quintos dos deputados (308) e dos senadores (49). “O próximo presidente precisa conseguir coordenar os partidos para votar uma agenda que seja boa para a economia e isso não é fácil fazer”, acrescentou Cortez.

Outro aspecto avaliado pelo especialista é a necessidade de, paulatinamente, diminuir a polarização. “Precisamos caminhar para a moderação política porque se assim não for, a área econômica dificilmente receberá o destaque que precisa. Essa é tarefa crucial do próximo mandato”, declarou. Entre os desafios do próximo governo na área econômica estão a reforma da previdência, uma nova legislação para o reajuste do salário mínimo e mudanças no setor tributário. “Não é agenda fácil. O presidente terá que tomar decisões difíceis para que as contas públicas voltem ao lugar”, salientou Cortez.

O presidente da FIESC, Mario Cezar de Aguiar, frisou a importância de ouvir a análise de quem estuda economia e política. “O País vive um dos momentos mais desafiadores de sua história, com incertezas e radicalismo. Tivemos dois turnos de campanha nos quais a discussão de ideias e propostas perdeu espaço para ataques pessoais. O setor produtivo deu a sua contribuição e, inclusive, lançou documentos com propostas para contribuir com os planos de governo dos candidatos. No caso da FIESC, foi a Carta da Indústria”. Entre as demandas prioritárias para a Federação estão a não elevação dos impostos e investimentos em infraestrutura.

FAKE NEWS: Durante o evento, o coordenador de jornalismo da Associação Catarinense de Emissoras de Rádio e Televisão (Acaert), Marco Aurélio Gomes, apresentou a campanha da entidade contra notícias falsas. Com o slogan “Não pague o pato, confie em quem apura o fato!”, a Acaert percorreu o Estado com o mascote Fakelino e distribuiu material informativo com dez dicas sobre como as pessoas podem identificar uma notícia falsa e como não passá-la adiante.

Indústria News

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