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Opinião: Revanche na educação profissional

Confira artigo do presidente da FIESC, Glauco José Côrte, publicado nos jornais Diário Catarinense, A Notícia e Jornal de Santa Catarina nesta quarta-feira, dia 2 de setembro

O Brasil sediou em agosto a olimpíada internacional de educação profissional. Realizada em São Paulo, a WorldSkills Competition possibilitou comparar a educação profissional brasileira com o que há de mais avançado no mundo, em termos de tecnologia, preparação de professores e organização curricular do ensino profissional.

O desempenho do Brasil evidenciou a excelência de nossa educação profissional. Com a ajuda dos catarinenses, que conquistaram uma medalha de prata e três de excelência, os competidores brasileiros bateram um recorde histórico ao alcançar 46 medalhas, com destaque para o SENAI. O Brasil também liderou em número de pontos.

Se no futebol tivemos um verdadeiro blecaute ao enfrentar a Alemanha na Copa do Mundo e perder de 7 a 1, no ensino profissionalizante ocorreu uma espécie de revanche. Enquanto o Brasil ocupou o lugar mais alto do pódio, a Alemanha ficou na sétima posição em número de pontos, num ranking onde também se destacam países como Coreia do Sul, França, Japão e China-Taipei.

Todos os que acompanham as questões ligadas à educação sabem que o Brasil ocupa as últimas posições em rankings como o PISA. Mais de 500 mil estudantes zeraram a redação no último ENEM. Isso torna ainda mais notável o desempenho do País no mundial de profissões.

Contudo, apesar da excelência na formação profissional técnica, ainda é necessário que seja mais valorizada por aqueles que buscam o mercado de trabalho: menos de 20% dos estudantes brasileiros escolhem o ensino técnico como forma de iniciar a sua formação profissional. Em outros países, esse índice chega a superar 50%.

A educação profissional é o caminho mais curto para a inserção no mundo do trabalho e a saída para reduzir o desemprego entre jovens, que atinge o dobro da taxa registrada no total da população. Em tempos de crise, os mais qualificados são os últimos a perder o emprego. Com trabalhadores cada vez mais qualificados, a indústria também terá melhores condições para sair antes das crises econômicas.

Indústria News

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