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Opinião: Saúde como ativo da indústria

Confira artigo do presidente da FIESC, Glauco José Côrte, publicado nos jornais Diário Catarinense, A Notícia e Jornal de Santa Catarina nesta quarta-feira, dia 25 de novembro

Com o aumento da expectativa de vida da população brasileira, que em 2041 deve ser de 80 anos, o País assumirá um perfil demográfico semelhante ao de países desenvolvidos. Santa Catarina deve alcançar essa expectativa de longevidade já em 2020. É uma boa notícia, mas essa transição impõe a necessidade de um planejamento de médio e longo prazos para lidar com as questões sociais, previdenciárias e econômicas daí decorrentes.

Do ponto de vista da gestão,  esse novo contexto faz com que a saúde do trabalhador precise ser tratada  estrategicamente pelas indústrias, pois tem efeito positivo na longevidade e no prolongamento da carreira dos seus profissionais. Os gestores precisam considerar, também, que casos como diabetes, obesidade, doenças do coração e respiratórias estão aumentando em decorrência do envelhecimento da população e  de estilo de vida pouco saudável, que inclui hábitos como tabagismo, inatividade física e alimentação inadequada.

O caminho para reduzir o impacto negativo do adoecimento na qualidade de vida dos trabalhadores e em sua produtividade está no engajamento de lideranças empresariais, acadêmicas, políticas e sociais. Devemos atuar a favor da saúde, do bem-estar e de ambientes seguros para o trabalho, além de promover bons hábitos de vida e o controle dos fatores de risco. Nunca foi tão correto o dito popular de que “é melhor prevenir do que remediar”.

O  aumento da expectativa de vida significa que os trabalhadores permanecerão por mais tempo em seus empregos.  Isso significa também a necessidade de os trabalhadores se reciclarem continuamente. Com o crescimento cada vez mais lento da força de trabalho e a elevação dos custos, o incremento do potencial produtivo terá que vir do aumento da produtividade do trabalho.  Esses trabalhadores que, muitas vezes, têm a sua condição física comprometida por conta de doenças, como as já citadas, possuem, por outro lado, um importante acervo de  conhecimento acumulado ao longo de sua vida profissional. Esse capital intelectual  representará um diferencial competitivo para o trabalhador e para a indústria. Mas, para isso, a educação e a saúde do trabalhador precisam estar no centro da agenda das indústrias.

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