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Na instalação do Conselho Brasil-Argentina, FIESC defende menos burocracia

Presidente da FIESC participou nesta quinta-feira (8) de encontro em São Paulo, em que a CNI criou o Conselho Empresarial Brasil-Argentina (CEMBRAR), integrado pela FIESC

Florianópolis, 8.6.2017 – Na instalação do Conselho Empresarial Brasil-Argentina (CEMBRAR), o presidente da Federação das Indústrias de Santa Catarina (FIESC), Glauco José Côrte, defendeu a redução da burocracia no comércio entre os dois países. A FIESC integra o CEMBRAR, que foi criado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), durante encontro conduzido pelo presidente da instituição, Robson Braga de Andrade, nesta quinta-feira (8), em São Paulo. “É necessária a realização de um acordo de facilitação de comércio para reduzir a burocracia e o tempo gasto com os trâmites aduaneiros. Mais de 90% das empresas exportadoras que participaram de uma pesquisa da FIESC sinalizaram a burocracia como principal entrave”, declarou Côrte, lembrando que entre os obstáculos citados pelas companhias estão os licenciamentos não automáticos para as importações da Argentina e sua liberação ou aprovação.

O presidente da FIESC defendeu ainda agilidade nos processos de homologação da assinatura das entidades emissoras de certificados de origem do Sistema Indústria e a realização de estudos e discussões sobre a integração logística entre Brasil e Argentina. “A reunião foi muito positiva e representativa”, completou Côrte, referindo-se à participação de expressivas indústrias nacionais no encontro. O CEMBRAR é integrado por 58 empresas e associações setoriais, num esforço de melhorar o ambiente de negócios entre as duas maiores economias do Mercosul. Será presidido pelo CEO da InterCement, Ricardo Lima, e a CNI vai exercer a secretaria-executiva.   

“Este foro vai formular recomendações aos governos brasileiro e argentino, buscando resultados concretos para a melhoria do ambiente de negócios em ambos os países”, explica o diretor de desenvolvimento industrial da CNI, Carlos Abijaodi. O Conselho será instalado num momento em que as exportações brasileiras ensaiam uma recuperação. Nos cinco primeiros meses de 2017, as vendas para a Argentina aumentaram 26,7% em relação ao mesmo período do ano anterior. Mas este crescimento positivo esconde que os principais produtos de exportação do Brasil para o mercado vizinho perderam market-share nos últimos dez anos. Em 2006, o Brasil detinha 34,8% das importações da Argentina. Em 2016, esse percentual caiu para 24,5%. Segundo estudo da CNI, em 2005, o Brasil era o principal fornecedor de 26 produtos industrializados. Em 2015, o país tinha perdido a liderança em sete produtos. Em outros 12, o país continuou sendo o principal exportador, mas perdeu participação.

China ocupa espaço − “As relações entre Brasil e Argentina encontram-se muito aquém do que seria esperado para países com fronteira física e sócios em uma união aduaneira”, diz o presidente do Conselho, o empresário Ricardo Lima. Em 2005, por exemplo, mais de 60% dos telefones celulares que a Argentina importou foram do Brasil. No mesmo ano, os brasileiros forneceram mais de 85% dos eletrodomésticos e 48% dos equipamentos de informática. Dez anos depois, a China passou a vender 59% de todos os telefones celulares que a Argentina importa. E o Brasil não aparece nem entre os três principais exportadores. Em eletrodomésticos, o Brasil perdeu 53 pontos de participação. Em equipamento de informática, a China abocanhou 90% do mercado. Além disso, os principais concorrentes brasileiros também mudaram. Se antes, os brasileiros concorriam com mercadorias da Alemanha, Estados Unidos e França, atualmente, a concorrência é com México, China, Coreia do Sul e Tailândia.


Redução na corrente de comércio - A corrente de comércio entre Santa Catarina e a Argentina (soma das exportações e importações) caiu de US$ 1,7 bilhão em 2012 para US$ 1,35 bilhão em 2016. O Estado importa o dobro do que exporta para o País vizinho. No ano passado, os embarques catarinenses para a Argentina totalizaram US$ 451,9 milhões. Os principais produtos vendidos foram papel e cartão kraft, bombas de ar ou de vácuo, laminados de ferro ou aço, carne suína e motores elétricos. As importações catarinenses da Argentina somaram US$ 900 milhões no período. Os principais produtos importados pelo Estado foram polímeros em formas primárias, milho, alumínio em formas brutas, inseticidas e hortícolas preparados ou conservados.


 

Assessoria de Imprensa da FIESC com informações da Agência CNI

imprensa@fiesc.com.br
48 3231-4670 48 98421-4080

 

 

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