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FIESC e Itaú BBA debatem com gestores educacionais articulação dos ensinos médio e profissional

Santa Catarina, Distrito Federal, Paraíba e Mato Grosso do Sul compartilham modelos exitosos em reunião realizada em Florianópolis

Florianópolis, 11.08.2016 – A Federação das Indústrias de Santa Catarina (FIESC) sedia nesta quinta e sexta-feira (dias 11 e 12 de agosto) encontro técnico com especialistas do Itaú BBA e educadores para compartilhar propostas e experiências que articulem o ensino médio e técnico e identificar caminho para a disseminação nos demais Estados. Além de Santa Catarina, participam os Estados da Paraíba, Mato Grosso do Sul e Distrito Federal, que são precursores na oferta dessa modalidade de ensino. 

A professora convidada de Harvard e ex-diretora global de educação do Banco Mundial, Claudia Costin, afirma que “estudos apontam para uma crise de aprendizado, pois as crianças estão na escola, mas não estão aprendendo”. Segundo ela, a discussão sobre ensino médio evidencia o despreparo dos estudantes. “A gente dá um currículo enciclopédico, vê tudo com muita superficialidade, e não desenvolve competência para nada: nem para o mercado de trabalho, nem para entrar na faculdade. Isso é parte da crise de aprendizado”, defende a especialista.

Cláudia lembra que 39% dos adultos com idade entre 25 e 34 anos não têm a escolaridade básica completa, de acordo com estudo da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). “Em termos práticos, isso significa que eles não se profissionalizam para o mercado de trabalho. A próxima geração reproduzirá a pobreza. Um quarto dos jovens abandona o ensino médio antes de concluir. Precisamos discutir o tipo de currículo que adotamos em relação aos demais países. Em algumas escolas brasileiras, chega-se a ter 17 disciplinas no ensino médio”, destaca. 

Entre os bons exemplos, especialistas destacam Liechtenstein e Suíça. Os dois países europeus lideram o ranking do Programa Internacional de Avaliação do Estudante (PISA). “A experiência da Suíça é um avanço, porque oferece trajetórias diversas a partir do ensino médio. A partir do nono ano, os estudantes escolhem se querem seguir uma trajetória profissional ou acadêmica e até lá, todos os alunos tiveram experiência com culinária, música, marcenaria, literatura, arte”, explica a assessora de educação do Itaú BBA, Ana Inoue. “Temos entrado em contato com os Estados, procurado o Conselho Nacional de Secretários da Educação e acompanhado esse debate”, acrescenta.

O diretor regional do SENAI/SC, Jefferson Gomes, revela que em 2017 a instituição implantará modelo de ensino médio articulado com o ensino técnico com três anos de duração. Gomes salientou a relevância do encontro e fez uma breve apresentação sobre manufatura avançada, também chamada de Indústria 4.0. “Legislação, regulação, infraestrutura para o desenvolvimento de novos produtos esbarram em recursos humanos. A única chance de desenvolver novos produtos é se tivermos talento”, ressalta, ao mostrar relatório da Mckinsey que aponta China, Alemanha e os Estados Unidos como os maiores desenvolvedores de produtos manufaturados.

Julio Gregório Filho, secretário de Estado da educação do Distrito Federal, afirma que a discussão do tema está tomando conta do Brasil, o que é fundamental para construir algo novo. “Se a gente não romper com o ensino médio que nós temos, quebrar a espinha dorsal do ensino médio para ele não consiga sobreviver, nós é que não sobreviveremos”, sentencia.

Paraíba e Distrito Federal apresentaram suas práticas de ensino articulado na tarde desta quinta-feira (11). Nesta sexta (12), a partir das 9 horas, a programação segue com os relatos do Mato Grosso do Sul, da Secretaria de Estado da Educação de Santa Catarina e do SENAI/SC. 

Elida Hack Ruivo
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Assessoria de Imprensa
Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina
 

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