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Ex-senador Pedro Simon fala sobre panorama político à diretoria da FIESC

Gaúcho analisou situação brasileira e criticou troca de apoio político por cargos

Florianópolis, 17.4.2015 – A troca de apoio no Congresso por cargos públicos é “o grande mal do Brasil”, na avaliação do ex-senador Pedro Simon, do Rio Grande do Sul. Ao apresentar uma análise do panorama político atual à diretoria da FIESC, nesta sexta-feira, dia 17, Simon observou que a prática se acentuou nos últimos anos, passando dos ministérios para cargos em estatais.

Conforme o político, é comum nas democracias a composição política para dar sustentação a governos a partir de ideias e propostas. “No Brasil não se faz acordo. No Brasil se faz arreglo. Tenho que ter maioria, preciso de tantos deputados, então vou lá e trago eles para cá. Não pelas ideias”, afirmou. “Esse troca-troca foi aumentando e chegou no ponto em que estamos vendo; dos 12 partidos políticos, hoje temos 31, de 18 ministérios, temos 41”, acrescentou.

Simon não vê clima para um golpe militar, “mas o ambiente de angústia que vivemos é muito grande; parece que vivemos um filme de terror”, acrescentou, ao reafirmar mensagem que transmitiu em seu pronunciamento de despedida no Senado, em fevereiro. Naquela oportunidade, recomendou à presidente Dilma, de buscar um amplo consenso entre todos os partidos e a sociedade para um grande entendimento e com ele as reformas que o Brasil precisa.

VRP Premium

O empresário Luiz Padilha, da VRP Premium, de Balneário Camboriú, apresentou a Válvula Redutora de Pressão, que foi selecionada para ser exposta no Prêmio CNI de Inovação. Padilha disse que fundou a empresa em 2005, depois de analisar o mercado de válvulas que reduzem pressão hidráulica em edifícios com mais de dez pavimentos. Observou que os produtos existentes na época tinham garantia de um ano, não ofereciam assistência técnica e só podiam ser colocados na posição horizontal. Padilha desenvolveu um produto com garantia de cinco anos, assistência técnica e que tanto pudesse ser instalado na posição horizontal como na vertical.

“O sucesso foi imediato, mas em seguida não conseguíamos mais cumprir os compromissos”. Padilha constatou que tinha uma limitação de produção em cinco peças por dia, devido ao peso de 30 a 40 quilos cada, por ser produzida em ferro. Com apoio do Sebrae e da Sociesc, a VRP Premium passou a fabricar válvulas em alumínio. O novo produto, com dez quilos, tem um custo de cinco ou seis vezes a mais que o de ferro. Sempre mantendo 12 funcionários, a empresa aumentou sua produtividade (fabrica 20 peças por dia), encontrou fornecedor mais próximo, reduziu custos de frete e estoque e hoje já alcança o mercado externo, inclusive Estados Unidos.

Jovem Empreendedor

Liandra Nazário, presidente do Conselho do Movimento Estadual de Jovem Empreendedor (Cejesc), apresentou as atividades da entidade, que congrega 1,3 mil jovens, em 60 núcleos vinculados a associações empresariais em 12 regionais do Estado. Segundo Lianda, o Cejesc tem quatro focos de atuação: representatividade, empreendedorismo, capacitação e a formação de lideranças. 

Hospital de Caridade enfrenta dificuldades com tabela do SUS

Com 192 leitos, o Hospital de Caridade de Florianópolis (HIC) atende cinco mil pacientes por mês, dos quais 750 ficam internados em nos 192 leitos existentes. Falando à diretoria da FIESC, o primeiro-provedor Luiz Mário Machado salientou a recente inauguração do Centro Intensivo de Alta Complexidade Senhor Jesus dos Passos, com 7 mil metros quadrados e 40 leitos, quartos individuais, oito salas cirúrgicas, centro de material estéril e heliponto. Uma das grandes preocupações apontadas por Machado são os baixos valores da tabela do Sistema Único de Saúde (SUS), para o qual estão destinados dez dos leitos do novo centro.

Machado destacou que o HIC está em vias de obter certificação de qualidade da Associação Nacional de Hospitais Privados (Anahp), até hoje conquistada por 69 instituições de todo o país. Segundo Machado, o HIC conta com 920 funcionários. A mesa administrativa é composta por 11 cargos voluntários, sem remuneração. O vice-provedor destacou que, se regulamentada, a terceirização será uma modalidade de contratação.

O vice-provedor destacou o apoio da FIESC ao Hospital na sua recuperação depois do incêndio de abril de 1994, Machado ainda fez um relato histórico do HIC e da entidade provedora, a Irmandade do Senhor Jesus Passos. “Nossa história se entrelaça à própria Desterro e dos açorianos povoadores da Ilha e litoral de Santa Catarina”, salientou. Ele lembrou da lendária e acidental chegada da imagem do Senhor dos Passos a Florianópolis, em 1764. A embarcação que a transportava à cidade gaúcha de Rio Grande aportou na Ilha de Santa Catarina, e não conseguiu mais sair por causa do mau tempo. Como as condições climáticas somente melhoraram depois que o capitão da embarcação decidiu deixar a imagem na cidade, surgiu a crença de que a permanência se tratava de vontade divina. A devoção levou à criação da Irmandade dos Senhor Jesus dos Passos, em 1º de janeiro de 1765. O Hospital foi construído em 1º de janeiro de 1789, em terreno doado um imigrante da Ilha Faial (dos Açores) Miguel Vieira da Rosa.

 

Assessoria de Imprensa da FIESC
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