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Estudo avalia a situação de rodovias estaduais nos Planaltos Serrano e Norte

Análise foi apresentada nesta sexta-feira (12), em Lages, durante reunião da Câmara de Assuntos de Transporte e Logística da FIESC

Florianópolis, 12.5.2017 – Estudo da Federação das Indústrias de Santa Catarina (FIESC) analisou o estado de conservação e manutenção de 581 quilômetros de rodovias estaduais catarinenses nos Planaltos Serrano e Norte. O trabalho destaca o volume expressivo e a boa qualidade das obras recém realizadas nas rodovias SC-114 (Lages/ Painel e São Joaquim) e na SC-112 (Rio Negrinho/ Volta Grande), além da revitalização em andamento na rodovia SC-390 (São Joaquim e Bom Jardim da Serra). Contudo, alerta para a falta de manutenção em outras estradas, como é o caso da SC-477 (Papanduva/ Major Vieira/ Canoinhas), que resultou em deterioração de muitos trechos. O resultado da análise foi apresentado nesta sexta-feira (12), durante reunião da Câmara de Assuntos de Transporte e Logística da Federação das Indústrias de Santa Catarina (FIESC), realizada em Lages.

O levantamento ressalta que é urgente a realização de um plano de manutenção e de recuperação tanto para as estradas recentemente revitalizadas quanto para os trechos que estão em situação crítica. A criação de um programa é fundamental para o gerenciamento da rede viária das regiões analisadas, assim como para melhorar a segurança dos usuários.

“Entendemos que Santa Catarina precisa de modais muito bem estruturados. Temos lutado por melhores condições das rodovias, ferrovias e portos. Nossos apontamentos e contestações são sempre baseados em estudos técnicos”, afirma o presidente da Câmara, Mario Cezar de Aguiar. 

O estudo também avaliou as rodovias SC-390 (Capão Alto/ Campo Belo do Sul/ Cerro Negro/ Anita Garibaldi); SC-284 (Abdon Batista/ Ibicuí/ Campos Novos); SC-477 (Papanduva/ Major Vieira/ Canoinhas); SC-120 (Três Barras/ BR-280); SC-114 (Itaiópolis/ Moema); SC-112 (Rio Negrinho/ Volta Grande); SC-418 (São Bento do Sul/ Fragosos) e SC-418 (São Bento do Sul/ Campo Alegre/ Pirabeiraba). A análise, que tem o apoio do CREA-SC, foi feita pelo engenheiro Ricardo Saporiti, que percorreu as rodovias em fevereiro.

“A situação das rodovias sempre foi uma das nossas preocupações. As questões de conservação estão diretamente ligadas ao desenvolvimento econômico da nossa região e à competitividade das indústrias”, declarou o vice-presidente regional da FIESC, Israel Marcon.

Conforme o levantamento, o montante total médio dos recursos alocados para as obras de conservação e manutenção rodoviária em todo o Estado − R$ 4.603,42 por quilômetro – não permite a realização de preservação, reforços de base, fresagens da capa asfáltica, microrrevestimentos, recuperações de obras de artes especiais (como pontes e viadutos, por exemplo) e sinalizações, acarretando, ao longo do tempo, a deterioração total do pavimento. Na seleção das rodovias estaduais analisadas, foi levada em consideração a interligação com as estradas federais que cortam o Estado e os trechos que são de responsabilidade das superintendências regionais do Deinfra e das Agências de Desenvolvimento Regionais (ADRs).

“Não dá para ter apenas soluções temporárias e paliativas, como as operações tapa-buracos, é preciso investir em manutenção e em soluções inteligentes e modernas. O que se economiza em manutenção se gasta até três vezes mais na restauração dessas rodovias”, ressaltou Saporiti.

Segundo estudos do Instituto de Pesquisas Rodoviárias e do DNIT, o mau estado de conservação da rede viária resulta no acréscimo do consumo de combustíveis em até 58%, no aumento no custo operacional dos veículos em até 40%, na elevação do índice de acidentes em até 50% e no acréscimo no tempo de viagem em até 100%, além de efeitos adversos na economia e no desenvolvimento das regiões. O estudo também destaca que para cada US$ 1 não investido em conservação e manutenção de uma rodovia serão necessários de US$ 2,50 a US$ 3 para restauração.  

 

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