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Cada real investido em defesa tem efeito multiplicador de 10 vezes em valor do PIB

Informação foi apresentada pelo Exército durante seminário para aproximar militares, indústria e academia. Evento é promovido pela FIESC, UFSC e Exército

Clique aqui e veja no Flickr da FIESC a cobertura fotográfica.

Florianópolis, 11.4.2017 – “Cada real investido em programas de defesa gera multiplicador de 9,8 em valor do Produto Interno Bruto (PIB). O investimento em defesa é altamente lucrativo e dá retorno”, disse o general Juarez Aparecido de Paula Cunha, chefe do departamento de ciência e tecnologia do Exército brasileiro, durante seminário que debate as oportunidades para a indústria, a defesa e academia. À plateia de cerca de 200 participantes, de diversos Estados brasileiros, ele informou que nos últimos anos, cada real investido em sistemas de defesa gerou cerca de 10 vezes esse valor em divisas de exportação, e citou como exemplo a Embraer. O encontro é promovido pela Federação das Indústrias de Santa Catarina (FIESC) em conjunto com o Exército e a UFSC, nesta terça e quarta-feira (11 e 12), em Florianópolis.

Em seu pronunciamento, o presidente da FIESC, Glauco José Côrte, disse que boa parte do que o setor de defesa demanda é importado e Santa Catarina fabrica praticamente todos os produtos que os militares consomem. “As Forças Armadas, sobretudo o Exército, são grandes demandantes de produtos que fabricamos em Santa Catarina, mas que hoje temos uma participação muito baixa no suprimento das necessidades deles. Portanto, estamos fazendo um grande esforço no sentido da aproximação da indústria com as Forças Armadas e, por outro lado, temos buscado uma grande aliança em torno de inovação, ciência e tecnologia que também é tradição do Exército”, afirmou.

O reitor da UFSC, professor Luiz Carlos Cancellier de Olivo, enfatizou a importância do alinhamento da universidade com o setor produtivo. “Que a presença da universidade se caracterize por um alto grau de confiança. Para nós, ensino é pesquisa, extensão e inovação. A universidade tem um compromisso muito forte com a sociedade, ou seja, com a redução das desigualdades e com a geração de emprego, renda e crescimento econômico. Isso significa estar permanentemente ao lado dos setores produtivos, seja da indústria, do comércio ou do serviço”, afirmou.

O general Juarez, por sua vez, destacou que Santa Catarina tem um potencial enorme e salientou que há interesse em produtos dos segmentos de vestuário, eletrônico e informática. “Acredito que essa integração venha trazer bons resultados. Compramos anualmente 150 mil camisetas. Temos uma demanda muito grande na área de informática, onde Santa Catarina é muito desenvolvida”, declarou, ressaltando que algumas empresas do Estado já são parceiras do Exército em alguns projetos, mas a base pode aumentar.

A FIESC, UFSC e Exército estão trabalhando em conjunto baseadas no modelo tríplice hélice, que busca o desenvolvimento de novas tecnologias a partir da aliança entre governo, indústria e academia. Por meio desse modelo, as instituições unem esforços em todas as etapas do processo produtivo, permitindo que os demandantes estejam em contato direto com o desenvolvimento de produtos e tecnologias.

Durante o seminário foi realizado painel do qual participaram integrantes do Exército, Embrapii, UFSC e SENAI. Um dos focos do debate foi o aumento do conteúdo nacional. O Exército enfatizou que a prioridade é buscar material brasileiro para atender as demandas da instituição.

O diretor de inovação do SENAI/SC, André Pierre Mattei, que participou do painel, explicou que a universidade faz a pesquisa básica e fornece os profissionais de alto nível que vão fazer a indústria avançar. A indústria, por sua vez, gera valor e devolve para a sociedade e, assim, reinicia o ciclo. Ele também abordou o papel da Rede SENAI de Institutos de Tecnologia e Inovação na aproximação entre indústria e demandas militares, e revelou que só os três institutos de inovação da entidade, sediados no Estado, realizam 40 projetos em conjunto com a indústria. Na opinião dele, os programas na área de defesa precisam de aporte governamental para avançar e essa realidade ocorre em todos os países do mundo. Ele salientou que as tecnologias criadas para a defesa podem ser adaptadas e aplicadas na sociedade.

Comdefesa: Por meio do Comitê da Indústria de Defesa (COMDEFESA), coordenado pelo industrial Cesar Augusto Olsen, a FIESC tem buscado a aproximação da indústria catarinense com as demandas das Forças Armadas. Além disso, promove a geração de oportunidades de negócios e o desenvolvimento do setor de defesa como segmento estratégico para o Estado. O segmento de defesa brasileiro compra de alimentos a munição e oferece oportunidades para as mais diversas atividades da indústria.



 

Assessoria de Imprensa da FIESC
imprensa@fiesc.com.br
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